Por Janaína Andrade |
O Governador Wilson Lima (UB) afirmou na manhã desta quinta-feira, 19, que já começou a “encarar” a reação de cooperativas que prestam serviço ao estado em relação às mudanças na administração das unidades de urgência e emergência do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e Instituto Mulher Dona Lindu.
“Eu já comecei a enfrentar (a reação das cooperativas). Quem me colocou aqui na condição de governador foi o cidadão. A minha preocupação é com o paciente. E por isso, meu irmão, ou a gente encara isso agora ou a saúde vai ficar insustentável e a saúde vai entrar em um colapso. A mudança, ela causa choque, mas ela tem que acontecer e ela é necessária”, defendeu o governador.
A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Ronaldo Tiradentes nesta manhã.
Wilson também declarou que os prestadores de serviço que atuavam tanto no 28 de Agosto, quanto no Dona Lindu, tiveram prioridade no momento da contratação pela Organização Social de Saúde (OSS) que está administrando as duas unidades, mas que as propostas oferecidas foram rejeitadas pelas cooperativas.
“Em nenhum momento ninguém afastou ninguém do hospital 28 de Agosto. O que aconteceu é que estamos implantando um novo modelo de gestão na saúde no Complexo Hospitalar Sul, que inclui o 28 de Agosto e a maternidade Dona Lindu. O que eu determinei para a nova administração foi: eu não quero que vocês tragam ninguém de fora, que vocês contratem todos os profissionais que estão atuando nesse complexo, a menos que o profissional diga que não quer se adaptar a situação”. Isso está tudo documentado”, disse Wilson.
Uma das metas para os próximos dias é, segundo o governador, mais que dobrar o número de cirurgias ortopédicas realizadas no HPS.
“Essa mudança em nenhum momento vai afetar a população. Eu não tive diminuição de plantões, por exemplo. O nosso objetivo é aumentar produtividade. Nós estamos agora em um processo de transição, nós vamos sair daqui há 30 dias de seis cirurgias dia para 15 cirurgias. É inadmissível que um paciente chegue acidentado lá no 28 de Agosto e passe 20, 45 dias no antibiótico para que ele possa ser operado. A minha determinação para a empresa é que o paciente chegue lá e seja operado em menos de 24 horas e já seguir para a sala de recuperação. É isso que nós estamos fazendo”, declarou.
Órgãos de fiscalização tem liberdade para fiscalizar mudança na administração de hospitais
Na entrevista desta quinta-feira, o governador Wilson Lima (UB) disse que as portas do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e Instituto Mulher Dona Lindu estão abertas aos órgãos de controle.
“Nós estamos mudando sistemas, estamos mudando fluxos, evitando repetição de procedimentos, falta de informação, desperdício no uso de insumos, falta de informação para um familiar de um paciente. As portas do 28 de Agosto e do Dona Lindu estão abertas para Ministério Público, Defensoria, Justiça, Legislativo e não precisa avisar ninguém, pode ir lá e conferir o que está sendo feito”, afirmou.
Economia de R$ 10 milhões ao mês
De acordo com o governador Wilson Lima, as mudanças na administração das unidades de urgência e emergência do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e Instituto Mulher Dona Lindu, está gerando uma economia de R$ 10 milhões ao mês.
“Aqui no Complexo Sul nós estamos economizando R$ 10 milhões mês e estou aumentando produtividade. Essa não é uma decisão que estamos tomando baseados em um estalo que a gente teve, nós contratamos a consultoria do hospital Getúlio Vargas para que ela fizesse um levantamento de toda rede e as possibilidades de mudanças para otimizar os gastos e aumentar a produtividade”, disse o governador na entrevista.