MANAUS – O candidato ao governo pelo PSC, Wilson Lima, pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), nesta terça-feira (22), a escolta de dois policiais federais até o dia do pleito – 28 de outubro.
O motivo do pedido, segundo advogados do candidato, é o receio de existir retaliação de policiais militares e civis do estado, baseados “no episódio retratado no dia 20 de outubro”.
O episódio que os advogados se referem é a prisão de Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas em Codajás. Ele foi preso na sexta-feira (19) com a quantia de R$ 17 mil em espécie e duas armas. Em depoimento aos policiais, Diellison confessou, em vídeo feito por policiais civis e divulgado pela assessoria de Amazonino Mendes (PDT), que parte do dinheiro seria utilizada para comprar votos em favor de Wilson Lima, candidato ao Governo do Estado.
No dia 20, os advogados de Amazonino apresentaram, na Justiça Eleitoral, uma denúncia por compra de votos contra o candidato do PSC, Wilson Lima. Em resposta, a campanha de Wilson afirmou que essa era mais uma “armação” de Amazonino contra “o líder nas pesquisas do segundo turno”.
Em trecho do pedido de liminar entregue ao TRE-AM, os advogados afirmam que a confissão feita pelo traficante “Didi” foi “visivelmente ensaiada” e que a prisão se deu em procedimentos “pouco comuns” ao trabalho da Polícia Militar.
“Além de o conteúdo já ser pouco crível (um TRAFICANTE comprando votos!!!!), a prisão se deu com procedimentos pouco comuns à atuação da PM. Houve a gravação pelo celular da suposta “confissão” do traficante (visivelmente ensaiada), além de uma coletiva de imprensa pela campanha de Amazonino Mendes”, diz trecho do pedido.