MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi só elogio ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante a assinatura da ordem de serviço para a manutenção de três segmentos da BR-319 (Manaus-Porto Velho).
“Nós temos um ministro comprometido com a nossa região, alguém que conhece muito bem os estados que envolvem a BR-319 e um presidente que tem vontade política em fazer com que, efetivamente, a BR seja pavimentada. Nós já temos avanços significativos”, disse Wilson Lima.
A assinatura foi realizada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, neste sábado (03/10), no município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus).
Wilson Lima destacou, ainda, a importância estratégica da região para o desenvolvimento econômico do Amazonas, Roraima e Rondônia.
“Investidores estão vindo para cá. Nós temos aqui potencial para plantação de milho, soja, como já está acontecendo, temos um porto estratégico, mas isso só funciona se nós tivermos estrada. Vamos garantir não só o desenvolvimento econômico com a BR-319, mas também o desenvolvimento social, o direito do cidadão de ir e vir”, observou o governador.
Abrangência
A manutenção abrangerá 254,20 quilômetros de rodovia, que vão passar por serviços de conservação e recuperação. As obras incluem o lote C (Charlie), que vai do Km 198,9 ao Km 250,7, objeto de uma licitação em andamento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a reconstrução desse trecho. Parte do chamado “trecho do meio”, que vai do Km 250 ao Km 656, também está contemplada nesses contratos de manutenção.
“Pavimentar a 319 é garantir o direito de ir e vir, é integrar a região Norte com o resto do Brasil. Uma das primeiras reuniões que fizemos no Ministério foi com os governadores dos estados do Norte, Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas e com as bancadas federais, cobrando BR-319. E naquele dia estabelecemos um compromisso e colocamos os passos que daríamos, como seria a estratégia, e nós estamos cumprindo passo a passo”, pontuou o ministro Tarcísio de Freitas.
As obras foram divididas em três lotes. O primeiro possui 82,20 quilômetros de extensão e vai do Km 178,50 (rio Tupãna) até o Km 260,7 (início da travessia do rio Igapó Açu). O segundo lote vai do Km 261,10 (fim da travessia do rio Igapó Açu) até o Km 346,20 (entroncamento com a BR-174 e a rodovia estadual AM-364), totalizando 85,10 quilômetros de extensão. O terceiro lote tem 86,90 quilômetros de extensão e vai do entroncamento da BR-174 com a AM-364 (Km 346,20) até o Igarapé Caetano (Km 433,10).
Sem licença
O trecho licitado, no entanto, não é o mais crítico e problemático da rodovia federal: fica tomado por buracos e lama na época das chuvas.
Localizado entre os quilômetros 250 e 655 da estrada, o “trecho do meio” depende de entrega do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizar o asfaltamento da extensão.
O processo do EIA-RIMA do trecho, de 405 quilômetros, está paralisado há 11 anos e é alvo de diversas críticas dos ambientalistas.
FOTOS: Artur Castro/Secom