Por Lúcio Pinheiro |
Com empréstimos que somam R$ 2,9 bilhões em 4 anos, o governador Wilson Lima (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (27) que a capacidade do Amazonas de se endividar é tão boa que todos os dias tem banco batendo à porta dele oferencendo empréstimo.
“Hoje nós só usamos 20% da capacidade que a gente tem. Ou seja, temos uma margem muito grande. Todos os dias tem banco batendo à minha porta para oferecer empréstimos. É claro que a gente avalia o melhor juros, as melhores condições, para que efetivamente isso aconteça nas operações de crédito que a gente tem feito”, declarou Wilson.
A declaração foi dada durante evento para novos pagamentos de indenizações do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+).
Na ocasião, foram destinados mais de R$ 5,2 milhões, em forma de bônus moradia, indenização, auxílio moradia e fundo de comércio, para 98 famílias das comunidades da Sharp, na zona leste, e Manaus 2000, zona sul.
O projeto é realizado com recursos de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aprovado em 2022, no valor de US$ 80 milhões.
Consulta realizada pelo ESTADO POLÍTICO no site do Tesouro Nacional mostra que, em 4 anos, a gestão Wilson realizou 4 empréstimos. O endividamento chega a R$ 2.955.636.000,00.
Dos 4 empréstimos, 2 foram feitos junto ao BID: um de US$ 200 milhões (R$ 1.039.740,00) e outro de US$ 80 milhões (R$ 415.896.000,00). Os outros 2 foram com o Banco do Brasil. Um de R$ 400 milhões e outro de R$ 1,1 bilhão.
O primeiro empréstimo feito por Wilson, em 2019, só termina de ser pago em 2029.
Wilson foi questionado sobre a capacidade de endividamento do Estado, por meio de empréstimos, diante da incerteza do cenário econômico em decorrência da perda de receitas por conta da desoneração dos combustíveis.
“A gente tem conversado com os outros governadores e com o governo federal, com o Congresso e com o Supremo Tribunal Federal para encontrar um caminho de repor as perdas”, disse Wilson.
Empréstimos da gestão Wilson Lima:
2019: R$ 400 milhões (Banco do Brasil);
2021: R$ 1,1 Bilhão (Banco do Brasil);
2021: US$ 200 milhões (BID);
2022: US$: 80 milhões (BID).