MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), fez um pronunciamento na tarde desta segunda-feira (13) contra os líderes do movimento que resultou na greve dos professores que já dura mais de 20 dias.
Ao lado do secretário estadual de Educação, Luiz Castro (Rede), Wilson disse que o movimento grevista é político-partidário, cujo objetivo não é a defesa dos interesses dos professores, mas apenas das lideranças que comandam a greve.
Wilson deu a entender que não vai aguardar decisão dos professores sobre a última contraproposta do governo apresentada à categoria e que vai enviar a mensagem para a Assembleia Legislativa (ALE-AM).
“Esse é o máximo que o estado pode conceder. Não tivemos nenhuma sinalização positiva dos representantes da categoria em relação à contraproposta. Os dois movimentos não se entendem e há um viés político-partidário muito grande. Trabalham em duas frente: para saber quem aparece mais, se é a Assprom ou o Sinteam. E o outro viés é de delongar cada vez mais essa greve. Estou encaminhando para a ALE-AM o projeto com percentual de 4,73%. Lamento o prejuízo aos pais e alunos”, disse Wilson.
O governador não respondeu a perguntas da imprensa.
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 15 deste mês. A categoria pede o reajuste de 15%, sendo 3,93% de reposição da inflação, e 9,6% referente a perda do poder de compra relativo ao período de 2015 a 2018, quando os trabalhadores ficaram sem reajuste salarial e ainda 1,47% de ganho real. A data-base da categoria venceu no dia 1º de março.
“Publicamente eles dizem que há um entendimento entre eles, mas está muito explícito que não. Eles trabalham fortemente para delongar a greve. Isso interesse ao aluno? Interessa ao professor? Interessa ao governo? Não interessa. Aí é muito fácil você saber quem está por trás disso, de saber quais são os partidos políticos que estão por trás disso. É só puxar o histórico de cada um desses”, disse Wilson.