MANAUS – A concessão da administração de parques naturais do Amazonas à iniciativa privada foi tema de reunião entre o governador Wilson Lima, do PSC, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta terça-feira, 6, por videoconferência.
Segundo o governo, esse modelo de gestão em parceria com a iniciativa privada já é adotado em outros parques do Brasil, como o Parque Nacional da Tijuca (Corcovado), no Rio de Janeiro, e o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.
“O Governo do Amazonas montou um plano de ação para transformar os ativos ambientais do nosso estado em oportunidades de desenvolvimento econômico e social sustentável, principalmente no interior. Recentemente, lançamos a política de concessão de florestas estaduais, que deve gerar uma receita de R$ 1,3 bilhão para o Estado e agora, buscamos mais um avanço nessa agenda a partir dos estudos para a concessão de parques naturais com grande potencial turístico”, afirmou Wilson Lima.
Segundo ele, a exploração dessas atividades pela iniciativa privada permitirá, ao mesmo tempo, a conservação e uso adequado dos parques, bem como a geração de renda para as comunidades locais.
A cooperação técnica com o BNDES tem o objetivo, segundo Wilson, de realizar estudos preliminares e elaborar edital de concessão, sem ônus para o Governo do Amazonas.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, o Amazonas possui sete parques estaduais, sendo que dois deles estão aptos para a concessão à iniciativa privada: o Parque Estadual (PAREST) do Rio Negro – Setor Norte, no município de Novo Airão, e o Parque Estadual (PAREST) Sumaúma, na Cidade Nova, zona norte de Manaus.
“Essa é uma agenda de desenvolvimento sustentável colocada pelo governador Wilson Lima, e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) tem corrido atrás dessas oportunidades sem custo para o governo, fazendo parcerias como essa, com o BNDES, para que esses investimentos possam chegar, investimentos privados e investimentos governamentais também, para a gente fazer com que a floresta em pé, seus serviços e o turismo sejam um bom negócio para o estado”, destacou.
Participaram da videoconferência desta terça-feira, representando o BNDES, o diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs, Fábio Abrahão; e o superintendente da área de Governo e Relacionamento Institucional, Pedro Bruno.
Atrativos
Criado em 1995, o PAREST do Rio Negro – Setor Norte tem 146.028 hectares de área total. O portfólio de atrações turísticas vai do turismo arqueológico, étnico-cultural, ecoturismo, lazer aquático, até o turismo de biodiversidade propriamente dito. Praias, cachoeiras, trilhas aquáticas e terrestres, comunidades tradicionais e as ruínas de Velho Airão são alguns dos destaques.
O PAREST Sumaúma, com 52,62 hectares de área, é um refúgio verde na capital amazonense. O parque contempla não apenas opções de lazer ecológico, mas também abriga uma vasta biodiversidade de flora e fauna. É o lar de três famílias do macaco Sauim-de-Coleira, animal-símbolo da cidade de Manaus, além de aves raras, como a garça real.