MANAUS – O volume de serviços no Amazonas, em outubro, caiu 2,2% na comparação com setembro, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14), em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
A queda no volume de serviços, em outubro, acontece após recuperação do setor, em setembro. Ou seja, o volume de serviços no Amazonas vem oscilando nos últimos meses.
Apesar disso, em outubro de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume de serviços cresceu 7,0%; no acumulado do ano (período de janeiro a outubro), os serviços registraram 13,4% de avanço, e registraram 12,1% de alta, no índice acumulado dos últimos 12 meses, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os dados nacionais mostram que o setor de serviços recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 1,9%.
Análise sobre o Amazonas
“A queda no volume de serviços foi a quarta em 2021, tendo crescido nos outros seis meses, o que de certa forma demonstra um bom comportamento da atividade dentro do ano”, observa Adjalma Nogueira, disseminador de informações do IBGE no Amazonas.
Na comparação com o ano passado, segundo Nogueira, “a performance foi muito boa”. “Nessa avaliação, todos meses desse ano foram superiores aos do ano passado, indicando que os serviços superaram o período pandêmico”, destaca.
O técnico do IBGE ressalta ainda que, no acumulado, o crescimento do setor está acima de 13%, “fazendo dos serviços a atividade com a melhor atuação no ano aqui no Amazonas, superando a indústria e o comércio”.
“No âmbito nacional, o Amazonas está entre os 10 (Estados) com melhor desempenho na atividade serviços. Baseado na média móvel do trimestre, a expectativa para os próximos meses é de queda, mas como nos últimos quatro meses tem ocorrida quedas e crescimentos alternados, é possível que o quadro seja diferente”, finalizou.
A média móvel dos últimos três meses no Amazonas, período entre agosto e outubro, tanto no volume de serviços quanto na receita nominal, está negativa, com índice de -1,2%.
Regionalmente, a maior parte (23) das 27 unidades da federação teve retração no volume de serviços em outubro de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,2%), seguido por São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%). Em contrapartida, o Ceará (1,4%) registrou a principal expansão em termos regionais.
Receita de serviços do AM tem a segunda maior queda
Em outubro de 2021, a receita nominal de serviços diminuiu (-3,0%), frente a setembro. Em contrapartida, na comparação com o mesmo período do ano anterior, a receita do setor de serviços no Amazonas aumentou 13,7%. No acumulado do ano (janeiro a outubro), o setor aumentou 17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior; e no acumulado dos últimos doze meses, o indicador cresceu 15,2%.
A queda de 3,0% na receita nominal de serviços do Amazonas em outubro foi a segunda maior, entre os Estados e Distrito Federal. Os piores desempenhos foram os do Mato Grosso, (-4,7%), Amazonas (-3,0%) e Rio Grande do Norte (-3,0%). E os melhores desempenhos, os do Alagoas (4,2%), Ceará (3,7%), e Paraíba (2,3%).
Já na variação acumulada no ano (janeiro a outubro), o avanço da receita nominal de serviços do Amazonas (17,4%) foi o oitavo maior entre os Estados e Distrito Federal. Os maiores avanços foram os de Roraima (23,9%), Acre (21,4%), e Tocantins (20,1%).