MANAUS – O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (sem partido), ingressou com um processo contra o governador, Wilson Lima (PSC). No mandado de segurança, Carlos tenta reaver cargos que o governador extinguiu e remanejou da vice-governadoria.
Na petição inicial, Carlos Almeida acusa Wilson de perseguição política.
“Quando então fora surpreendido com a informação por parte do Governador do Estado de que haveria a exoneração de servidores os quais estariam diretamente ligados à vice-governadoria, com intuito evidente de perseguição política pelo fato de que o Vice-Governador, ora Impetrante, não coaduna com diversos atos administrativos praticados pelo Governo do Estado, ora impetrado”, diz trecho da petição assinada pela advogada Reyna Coelho Barboza, no último dia 4.
No próprio dia 4, o caso foi distribuído para o desembargador Anselmo Chíxaro, que não quis julgar o processo, dizendo-se impedido por motivo de foro íntimo. Com isso, a matéria será redistribuída para outro desembargador.
Cargos retirados
Até o momento, foram retirados 9 cargos da vice-governadoria. Um deles, o de secretário-geral, é o número 2 da vice-governadoria.
Na estrutura administrativa da vice-governadoria, o cargo de secretário-geral é o único com responsabilidade para ordenar despesa e atestar a folha de pagamento do gabinete de Carlos Almeida.
Com a medida, segundo apurou o site, não se sabe na vice-governadoria quem vai autorizar o pagamento da folha de pessoal do setor no mês de setembro.
A Secretaria Geral da vice-governadoria foi remaneja no dia 6 de agosto para a estrutura da Casa Civil, pasta que foi ocupada anteriormente por Carlos Almeida.
No decreto de remanejamento da estrutura, há a informação de que o cargo deveria ser remanejado com o respectivo ocupante do cargo.
Rompimento público
Com a ação na Justiça, torna-se pública a informação que já se tinha nos bastidores, de que Carlos e Wilson estão rompidos.
Carlos perdeu poder no Executivo e foi afastado das decisões do governo depois de Wilson ser convencido de que o vice-governador atrapalhava a gestão politicamente.
O vice-governador pediu exoneração da Casa Civil e divulgou carta afirmando que Wilson estava cercado de “personagens perigosas”.
Referência direta aos assessores e conselheiros políticos de Wilson, a carta não foi bem recebida no palácio do governo.
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