MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) afirmou na tarde desta quarta-feira (27), que os R$ 350 milhões que serão remanejados do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas) não serão suficientes para resolver as dívidas no setor da saúde, mas “ajuda a estancar uma sangria”.
“O FTI que foi aprovado não resolve o problema da saúde, ele ajuda a estancar uma sangria, para que a gente possa começar a tomar as medidas efetivas de controle dos gastos na área da saúde. Vamos colocar as nossas despesas dentro do orçamento que é possível o estado pagar, porque se a gente não fizer isso, pessoas vão morrer”, disse o governador.
A declaração foi dada durante coletiva à imprensa na sede do Governo, localizada na avenida Brasil, bairro Compensa, logo após à ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) aprovar por 19 votos a um, o projeto de lei que autoriza o governo a remanejar recursos do FTI para pagar dívidas da saúde.
Dos R$ 350 milhões, 20% serão destinados aos 61 municípios do interior. Essa foi uma das condições dos deputados, em acordo com prefeitos, para a aprovação da matéria. O governo diz que recebeu praticamente R$ 1 bilhão de dívidas de gestões anteriores na saúde.
Ao lado do vice-governador e titular da Susam, Carlos Almeida (PRTB), Wilson disparou, sem citar nomes, aqueles que têm criticado suas ações no enfrentamento dos problemas na área da saúde.
“A resposta que eu dou e que minha equipe dá, é com o trabalho. Não vou admitir que utilizem esse problema da saúde para se promover. Essas pessoas deveriam fazer a seguinte pergunta: qual a colaboração que eu estou dando para resolver esse problema da saúde? O que eu estou fazendo para que pessoas não morram em hospitais? Eu posso dizer para eles o que estou fazendo, o meu vice e secretário de Saúde, Carlos almeida, também pode dar essa resposta, e toda nossa equipe está dando a resposta. Eu estou com menos de dois meses no governo, não tem como exigir que eu resolva isso em 60 dias”, declarou Wilson.
Participaram da coletiva o presidente e a vice-presidente da ALE-AM, deputado Josué Neto (PSD) e deputada Alessandra Campêlo (MDB), o líder do governo na Casa, deputado Carlinhos Bessa (PV), entre outros. Prefeitos do interior também acompanharam a coletiva.
H1N1
O governador Wilson Lima (PSC) viajou no final da tarde para Brasília, para participar nesta quinta-feira (28), de uma reunião com o ministro da Saúde, Luis Mandetta. Na pauta, estão pedidos como o da antecipação da campanha contra a gripe H1N1 para o início do mês de março e não em abril, como estava previsto.
“Nós estamos enfrentando um outro problema na saúde, que é a questão da gripe H1N1, pois nosso período de incidência é dezembro, janeiro e fevereiro, e a campanha nacional começa todos os anos no mês de abril. Nós estamos com o sistema lotado, há muitas demandas e elas aumentaram significativamente nos últimos dias em razão da H1N1”, informou o governador.