Da Redação |
O vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) reagiu com indignação aos rumores que circulam nos bastidores de Brasília de que o novo decreto de redução do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, a ser editado pelo governo federal em 30 dias, excluiria da lista dos produtos protegidos da Zona Franca de Manaus os setores de duas rodas, informática e refrigerantes. Para Ramos, sendo estes os responsáveis por 75% dos empregos e da receita gerada ao Amazonas, seria “um tiro no coração da ZFM”.
“Além da agonia prolongada pela prorrogação do decreto do IPI que fere de morte o modelo Zona Franca de Manaus, o governo agora trabalha com a possibilidade de quebrar os setores produtivos mais importantes ao Amazonas. Por isso o novo decreto ainda não saiu. A ideia é ganhar tempo para tomar mais uma medida que atenta contra o sustento das famílias de mais 500 mil trabalhadores que, direta ou indiretamente, dependem da ZFM para levar comida pra casa”, disse Marcelo Ramos.
Só para dar dois exemplos, o vice da Câmara destaca que os setores de duas rodas e de informática são os mais relevantes do Polo Industrial de Manaus e que têm a produção mais verticalizada, portanto, a maior cadeia produtiva, com mais etapas sendo produzidas no Amazonas e que, por essa razão, gera mais postos de trabalhos diretos e indiretos.
“Nós não vamos admitir essa quebra de acordo com parte do governo federal e vamos utilizar todas as armas que estiverem ao nosso alcance para resistir em defesa dos empregos, da renda dos amazonenses e da economia do nosso estado”, diz Ramos. Medidas como nova tentativa de conciliação com o Ministério da Economia além de ações políticas e judiciais estão sendo analisadas pela bancada do Amazonas. Uma das ideias é obstruir a pauta do Congresso até que seja publicado o decreto ressalvando a ZFM, afirma o parlamentar.