MANAUS – A inundação e destruição de parte da infraestrutura Posto de Interiorização e Triagem (PITRIG), que presta apoio a imigrantes, na avenida Torquato Tapajós, foi causado pelo alagamento de um terreno vizinho e subsequente rompimento do muro. A conclusão preliminar é da Prefeitura de Manaus.
Inicialmente, acreditava-se que o transbordamento de um igarapé das proximidades fosse o responsável pela inundação.
O deputado Serafim Corrêa (PSB), na sessão da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) desta terça-feira (4), cobrou que as responsabilidades sejam apuradas. Ele apontou que o terreno foi impermeabilizado e que, cercado, funcionou como um verdadeiro “piscinão”, que rompeu ao encher de água da chuva, alagando o posto de apoio a imigrantes, que fica bem ao lado.
“O que aconteceu foi a retenção indevida de água neste terreno. As responsabilidades devem ser apuradas. Não sei de quem é o terreno, mas o fato é que alguma coisa de errado aconteceu, porque a água veio daí. Aí era um verdadeiro piscinão. Quatro paredes, tudo cercado, sem saída para a água e com a inclinação rumo à quina do terreno. O resultado foi que arrebentou tudo e destruiu o abrigo dos venezuelanos, porque esse muro caiu, veio ao chão e saiu arrastando tudo o que tinha pela frente”, disse Serafim.
O ESTADO POLÍTICO questionou a prefeitura sobre investigação de eventuais responsabilidades e aguarda resposta.
Em nota anterior à imprensa, secretário da Casa Militar, tenente William Dias, informou que uma perícia será feita e um laudo deve apontar as condições da área inundada.
“Devido ao grande acúmulo de chuva no terreno particular ao lado do posto, parte do muro desabou, comprometendo a estrutura do posto de triagem. Iremos elaborar um laudo técnico, juntamente com a perícia, para que possamos avaliar as condições do terreno e os poderes estadual e federal possam montar uma nova estrutura de atendimento no local”, declarou Dias.