MANAUS – Os conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) decidiram, em sessão virtual extraordinária, prorrogar em 72 horas prazo para que a Prefeitura de Manaus apresente a lista completa de pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 na capital.
A Corte acompanhou o voto do relator, Ari Moutinho, e a sugestão do conselheiro Érico Desterro da criação de um site, uma espécie de “portal da transparência da vacina”, que dê publicidade ao trabalho de vacinação executado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com o nome de quem recebeu o imunizante e o motivo de ter sido vacinado.
Na decisão coletiva, os membros do TCE-AM consideraram as dificuldades impostas pela situação de pandemia e que a Semsa enviou, ainda que parcialmente, uma listagem das pessoas beneficiadas com a primeira dose da Coronavac.
No entanto, conforme frisou o conselheiro-presidente, Mario de Mello, o não cumprimento do novo prazo deve acarretar em consequências previstas na legislação, que pode resultar inclusive no afastamento da titular da Semsa.
A reunião foi convocada por Mello depois que o órgão recebeu denúncias de “fura-fila”. A imunização, no primeiro dia da vacinação, de duas jovens médicas da família Nilton Lins recém-formadas e nomeadas para cargo comissionado na prefeitura na véspera do início da campanha gerou repercussão negativa em âmbito para a vacinação na capital, que enfrenta uma explosão de casos de Covid-19.
Na fase 1 do plano de vacinação, os imunizantes são direcionados prioritariamente para indígenas e profissionais da saúde. Esperava-se que os profissionais da linha de frente do enfrentamento da pandemia, que já dura dez meses, fossem priorizados, uma vez que a quantidade do primeiro lote de vacinas é insuficiente para vacinar todo o público previsto na fase 1.