MANAUS – Com 16,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, o Amazonas apresenta a quinta maior taxa do Brasil. Além disso, as expectativas de vida no Estado, tanto para homens, quanto para mulheres, e ainda para idosos chegarem aos 80 anos, estão entre as menores do país.
Essas são algumas informações das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil referente a 2019, e divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expectativa de vida fornecida pelo estudo é um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. O estudo das Tábuas de Mortalidade são provenientes da projeção oficial da população do Brasil para o período 2010-2060.
Mortalidade Infantil
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador da condição de vida socioeconômica de uma região. O Brasil apresentou uma taxa de 11,9%, ou seja, 11,9 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.
A taxa de mortalidade infantil do Amazonas foi de 16,7% (16,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos), a quinta maior do país. As menores taxas de mortalidade infantil foram as do Espírito Santo (7,8%), do Paraná (8,2%) e de Santa Catarina (8,4%). As maiores taxas foram as do Amapá (22,6‰), de Rondônia (18,8‰) e do Maranhão (18,6%).
Expectativa de vida
Um indicador que reflete o nível da mortalidade de uma população como um todo, é a expectativa ou esperança de vida ao nascer, pois um recém-nascido pode sofrer riscos de morte em todas as fases da vida.
Para ambos os sexos, o Brasil apresentou uma esperança de vida ao nascer de 76,6 anos. A expectativa de vida no Estado do Amazonas foi estimada em 72,6 anos, ocupando a 5ª posição dentre as menores expectativas de vida do Brasil. As menores esperanças de vida foram as do Maranhão (71,4 anos), do Piauí (71,6 anos) e de Rondônia (71,9 anos). As maiores taxas foram as de Santa Catarina (79,9 anos), Espírito Santos (79,1 anos) e São Paulo (78,9 anos).
Já a expectativa de vida de homens e mulheres para o Amazonas ficou estimada em 69,3 e 76,3 anos, respectivamente; significando que as mulheres vivem 7 anos a mais do que os homens, em média, no Estado. Seguindo a tendência nacional e estaduais, este indicador para os homens foi sempre menor do que para as mulheres em seus respectivos territórios.
As maiores diferenças de mortalidade por sexo refletem os altos níveis de mortalidade de jovens e adultos jovens por causa violenta, que incidem diretamente nas magnitudes das esperanças de vida ao nascer da população masculina. No Brasil e também no Amazonas, o valor ficou em 7,0 de diferença (homens x mulheres) na esperança de vida. As maiores diferenças foram encontradas em Alagoas (9,5 anos), na Bahia (9,2 anos) e no Piauí (5,6 anos).
Considerando tanto 60 ou 65 anos a idade a partir da qual podemos definir os indivíduos como idosos, o Espírito Santo seria o Estado onde encontraríamos o maior valor da expectativa de vida nestas idades, 24,4 e 20,5 anos, respectivamente, isto quer dizer, que o indivíduo aos sessenta e sessenta e cinco anos viveria em média 84,4 e 85,5 anos, respectivamente. Se do sexo masculino, viveria em média 82,2 e 83,5 anos, e se do sexo feminino, 86,4 e 87,3 anos.
No outro extremo temos Rondônia que apresentou para ambos os sexos as mais baixas expectativas de vida aos 60 e 65 anos (19,7 e 16,2 anos respectivamente). Para os homens as mais baixas expectativas de vida nestas duas idades pertencem ao estado do Piauí (17,9 e 14,7 anos respectivamente). Para a população feminina aos 60 anos, a menor expectativa foi de Roraima (21,1 anos), e aos 65 anos em Rondônia com 17,3 anos.
Já para o Amazonas a expectativa de vida aos 60 anos é de 20,7 anos para ambos os sexos e de 22,4 anos para as mulheres e de 20,7 anos.