MANAUS – O vice-governador do Amazonas e secretário estadual de Saúde, Carlos Almeida Filho (PRTB), anunciou nesta quinta-feira (24) que usará parte dos R$ 65 milhões disponíveis no caixa da Susam (Secretaria de Estado de Saúde) para pagar dívidas da pasta com alguns fornecedores de serviços essenciais referentes a dezembro de 2018.
De acordo com Carlos Almeida, a dívida da Susam referente ao mês de dezembro chega a R$ 119 milhões. O vice-governador afirmou que a decisão pelo pagamento de parte deste valor com recursos destinados aos pagamentos das despesas correntes da pasta se deve à dificuldade que os fornecedores manifestaram em continuar prestando os serviços sem garantias de que receberão os atrasados.
“Entendemos que nós não podemos deixar esse lapso de dois meses de qualquer reposta aos fornecedores. Nós estamos iniciando a partir de hoje um esforço concentrado com toda a Susam para que se iniciem os processos de reconhecimento de dívida de uma competência (mês, dezembro) do ano anterior para que nós possamos pelo menos fazer com que não haja um estrangulamento dos prestadores de serviços”, declarou Carlos Almeida, durante coletiva na sede do governo.
Segundo o titular da Susam, o sistema de saúde pode quebrar caso o estado não comece a pagar as dívidas atrasadas. “A nossa preocupação imediata é que não haja ‘quebradeira’ no sistema e isso exige que nós tenhamos que fazer o pagamento do exercício anterior, imediatamente anterior, para que não haja um hiato de pagamentos nesse mês de janeiro”, disse.
Carlos Almeida listou alguns dos serviços considerados essenciais para a Susam nesse momento: “Os prioritários são cinco, as empresas prestadoras de serviços da Saúde e também com as demais outras despesas que contemplam todo o pessoal de serviços auxiliares, como, por exemplo, segurança, pessoal de apoio, bem como alimentação e demais outros serviços como gases medicinais”, afirmou.
O orçamento da Susam para 2018 é de R$ 2,4 bilhões. Enquanto a despesa total para manter a secretaria, atualmente, estaria em torno de R$ 3,5 bilhões, informou Carlos Almeida.
De acordo com o secretário, o total de despesas deixadas pela gestão de Amazonino Mendes (PDT) do ano de 2018 chega a R$ 600 milhões.