MANAUS – A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) divulgou nota, no início da noite desta quinta-feira, 9, onde nega que a decisão de reduzir os incentivos fiscais para a indústria de refrigerante implantada na ZFM (Zona Franca de Manaus) tenha sido do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O órgão sustenta ainda que a medida pode ser revista pela equipe econômica do presidente.
“Em relação à recente mudança na alíquota de IPI para concentrados de bebidas é preciso ressaltar que não se trata de uma decisão do presidente da República. Na verdade o assunto ainda é alvo de amplo debate, que vem sendo realizado pelo governo federal junto às entidades interessadas e que ainda é passível de alterações”, diz trecho da nota.
A fixação da alíquota é de responsabilidade única do presidente da República, por meio de decreto. Reportagem do site Valor Econômico divulgada na quarta-feira, 8, afirmava que a redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do setor de concentrado de refrigerantes da ZFM tem a digital do ministro da Economia, Paulo Guedes, que é um dos principais opositores ao modelo econômico.
“O decreto que mantinha a alíquota anterior perdeu a validade. A Suframa, porém, está acompanhando de perto as análises feitas com a equipe do Ministério da Economia e a expectativa é de que uma nova proposta seja divulgada por parte do governo federal”, informa outro trecho da nota.
A Suframa é chefiada por um dos principais aliados de Bolsonaro, o coronel reformado do Exército, Alfredo Menezes. Aliado do presidente ainda durante a campanha, Menezes foi o responsável por articular a campanha do presidenciável na Amazônia.
Menezes foi procurado pela reportagem do Estado Político, mas não atendeu as ligações e não respondeu as mensagens.