MANAUS – O presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), deputado estadual Josué Neto (PSD), afirmou que o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) não precisa ser substituído e sim desenvolvido por meio de planos que viabilizem outras matrizes econômicas.
A declaração do parlamentar ocorre em meio ao anúncio de que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) prepara, por meio da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), um novo projeto de desenvolvimento econômico para a região amazônica que tem como objetivo “por um fim nos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM)”.
“Nós estamos tratando disso há pelo menos dois dias, é muito cedo para emitir opinião, mas sou um estudioso da Zona Franca de Manaus, economista por formação e acredito que qualquer plano que venha para desenvolver o Estado do Amazonas é válido, esse plano (Dubai) é um plano para amadurecer daqui a setenta anos. O que a gente precisa é acoplar um plano desse junto ao modelo que já existe. Não acredito que o modelo de substituição seja o mais apropriado e nós não vamos aceitar isso”, disse Josué.
Segundo o parlamentar, o Amazonas já possui alternativas econômicas que só precisam ser desenvolvidas, como a mineração do Alto Rio Negro, o potássio do Médio Amazonas e do Madeira, o gás natural da Bacia do Campo do Azulão, no município de Silves. Ele frisou que essas alternativas são o ‘Plano Dubai’ do Estado e que ainda não são realidades devido às leis ambientais em vigor atualmente, que segundo ele são “rigorosíssimas”.
Segundo a reportagem, o projeto foi apelidado pelo titular da Sepec, Carlos da Costa, como “Plano Dubai”, por ser uma referência ao emirado que, no passado, previu o fim de suas reservas de petróleo e gás. O programa pretende estimular cinco polos econômicos: biofármacos, turismo, defesa, mineração e piscicultura.