MANAUS – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retirou de pauta o julgamento da Ação Penal 993/DF, oriunda das primeiras fases da operação Sangria, que poderia resultar no afastamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do vice, Carlos Almeida (PSDB), dos cargos.
A retirada de pauta foi pedida pelo ministro Francisco Falcão, relator do processo, na sessão desta quarta-feira (2) da Corte Especial do STJ. Incialmente, ele havia pedido para que o fosse remarcado para o dia 28 deste mês, mas após a manifestação de outros ministros e advogados preferiu não marcar uma data.
O processo é referente à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) de suposta compra irregular de respiradores hospitalares durante a primeira onda da pandemia. Além de Wilson e Carlos, outras 16 pessoas foram denunciadas, entre empresários e servidores públicos.
Após mais de uma hora de discussões, ministros entenderam que as defesas não tiveram o tempo necessário para se manifestar e que o Ministério Público atropelou o processo legal ao peticionar novos fatos posteriormente às manifestações dos advogados. O presidente, Humberto Martins, acatou o pedido de Falcão e retirou o processo de pauta, sem data específica para julgamento.
Nova operação
Na manhã desta quarta, foi deflagrada a quarta fase da operação Sangria. Desta vez, o alvo da investigação é o contrato do hospital de campanha da Nilton Lins. Mandados de busca e apreensão e prisão foram cumpridos em Manaus. Em um dos endereços, a Polícia Federal foi recebida a tiros.
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