MANAUS – O deputado estadual Sinésio Campos (PT) não digeriu bem a ideia de se instalar uma nova CPI da Amazonas energia e deixar a proposta por ele de lado.
A CPI proposta por Sinésio foi instalada no dia 2 de setembro.
No dia 4 do mesmo mês, em Plantão Judicial, o desembargador plantonista Airton Luís Corrêa Gentil determinou a suspensão dos trabalhos da CPI, à pedido da Amazonas Energia.
A concessionária alegou que o pedido que motivou a CPI não tem objeto definido. A ALE-AM recorreu.
Nesta quarta-feira (22), os deputados Roberto Cidade (PV) e Wilker Barreto (sem partido) sugeriram que, para não perder tempo esperando a Justiça analisar o recurso da ALE-AM, seria melhor abrir uma nova CPI, com objeto mais claro, e iniciar a investigação sobre o serviço da Amazonas Energia.
Sinésio não concordou. Para ele, se isso ocorrer, ele assina um atestado de incompetência, na primeira proposta de CPI que apresenta em 26 anos de mandato na ALE-AM.
“Eu nunca apresentei um pedido de instalação de CPI durante meus 26 anos de mandato. E querer dizer que eu apresentei uma CPI que não tem um fato gerador é querer dizer que eu estou atestando um atestado de incompetência. Não aceito”, reclamou Sinésio.
Cidade e Wilker disseram que Sinésio não entendeu a proposta. E que a intenção não é constranger o colega, mas sim ganhar tempo e não ficar refém do rito processual do TJ-AM.
Foto: Danilo Mello/ALE-AM.