MANAUS – Quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão dos cargos nesta quinta-feira (21). Segundo a pasta, eles alegaram motivos pessoais e ainda não há substitutos.
Deixaram os cargos os secretários de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária-especial-adjunta de Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.
Também pediu demissão nesta quinta, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho.
Os pedidos de demissão acontecem em meio à votação na Câmara dos Deputados para abrir espaço no teto de gastos em 2022. O governo pretende gastar cerca de R$ 40 bilhões fora da regra de austeridade fiscal para bancar um benefício social temporário de, pelo menos, R$ 400 mensais – o Auxílio Brasil.
O movimento pegou mal entre os operadores do mercado. A imprensa nacional e formadores de opinião do setor seguem em escalada crítica à decisão de “furar o teto” (o que ofuscou até o resultado do relatório final da CPI da Pandemia).
A Folha de S. Paulo informa que “Populismo de Bolsonaro e Guedes deflagra crise e debandada na Economia“.
O Estadão analisa “Debandada em equipe de Guedes repete roteiros de derrotas políticas do ministro da Economia”.
O Globo registra “Após rejeição a aumento de gastos, Bolsonaro ironiza mercado: ‘Fica nervosinho'”.