Por Janaína Andrade e Lúcio Pinheiro |
Prefeitos de municípios mais afastados de Manaus veem como real o risco de um apagão energético por causa da seca dos rios.
Segundo o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Souza (prefeito de Rio Preto da Eva), nesses municípios, os gestores já teriam sido alertados por funcionários da concessionária de energia, Amazonas Energia, que o transporte de diesel para as usinas termelétricas, que ocorre pelos rios, já está praticamente inviabilizado.
Em entrevista ao ESTADO POLÍTICO, na segunda-feira (9), Anderson afirmou que a informação oficial da concessionária é a de que há reserva para superar a estiagem. Mas os informes que os prefeitos recebem de funcionários que trabalham diretamente nos municípios são desanimadores.
“A Amazonas Energia diz que está tudo ok, mas os gerentes de unidades (da Amazonas Energia) nos municípios estão dizendo o contrário. Então, está havendo contradição. Eu não posso afirmar se é verdadeiro (que vai faltar energia), porque está havendo duas informações. O que os gerentes de unidades do interior estão passando para os prefeitos é uma informação. E a Amazonas Energia diz que não, que cada município tem a sua reserva necessária”, informou Anderson.
A concessionária convocou uma coletiva para esta terça-feira (10) para falar da questão. Anderson disse que já cobrou um relatório oficial da Amazonas Energia e que aguarda ser atendido.
“O prefeito de Borba recebeu (informação de que vai faltar energia), o prefeito de Benjamin Constant recebeu, e eles encaminharam para a AAM (informação) dos gerentes informando que não vai ter, em breve, combustível para abastecer as termelétricas”, completou Anderson.
Uma usina termelétrica é uma instalação industrial que gera energia térmica por meio da queima de combustíveis.
Essa é a principal forma de abastecimento de energia dos municípios do Amazonas, principalmente os mais distantes de Manaus.