MANAUS – Empresários e trabalhadores do sistema de transporte público do Manaus entraram em acordo para evitar a demissão em massa durante a pandemia de Covid-19. Pelo acordo, o trabalho será reduzido pela metade e os salários também. Essa é uma forma garantir que nenhum rodoviário seja demitido.
A medida, no entanto, necessita de autorização da Justiça do Trabalho, segundo o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), Élcio Campos.
Ao ESTADO POLÍTICO, o sindicalista contou neste sábado (28) que o acordo já foi submetido à categoria e que, na segunda-feira (30), será levado para mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência virtual.
“Decidimos que o pessoal vai trabalhar 15 dias e receber o valor proporcional a esses 15 dias, em rodízio. O mais importante era não haver demissão de pessoal e isso não vai acontecer”, informou Élcio. Trabalhadores em férias só entrarão no novo modelo de trabalho após o retorno ao trabalho.
A medida durará, disse Élcio, enquanto durarem os decretos restritivos de circulação de pessoas publicados pela prefeitura e pelo governo, o que dependerá da velocidade de avanço do vírus.
Na sexta-feira (27), o ESTADO POLÍTICO mostrou que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) apresentou aos trabalhadores rodoviários de Manaus uma proposta para enfrentar a crise decorrente da pandemia que envolvia a demissão de 1,5 mil trabalhadores do sistema e suspender o contrato de outros 2 mil.
O assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, informou que as empresas ainda estavam analisando tais medidas e que não ainda seria possível cravar que elas seriam adotadas.
Élcio Campos disse que teve uma reunião com os representantes das empresas na manhã de sexta-feira, quando o assunto foi discutido.
Desde este sábado o sistema opera com frota reduzidas, com 50% dos ônibus circulando.
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