MANAUS – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) avalia como preocupante a decisão da Petrobras de encerrar suas operações no Amazonas e vender os campos de exploração de petróleo e gás do Polo de Urucu.
O anúncio da venda dos campos e das infraestruturas de exploração e logística foi feito nesta sexta-feira (26), quando a petrolífera lançou um “teaser” em seu site, apresentando os campos e informações sobre a produção deles para os interessados em comprar.
Para Serafim, o Governo do Estado, que na avaliação dele é em parte responsável pela debandada da empresa por ter uma atitude “hostil” com ela, deve se articular para a evitar que a Petrobras deixe o Amazonas.
Apesar de negar que vá fazer demissões em função da venda (os concursados serão remanejados e se quiserem poderão optar por plano de desligamento voluntário), o deputado projeta que a empresa “vai reduzir quadro”. “Ela vai enxugar, ela vai dispensar pessoas, e isso vai abalar mais ainda nossa economia”, disse o deputado, neste sábado (27).
“A Petrobras é a maior empresa da América Latina e ela sair daqui agora, isso vai significar algo muito ruim para nossa economia, principalmente no que diz respeito à arrecadação de impostos e à geração de empregos”, declarou Serafim.
“É necessário que o Governo do Estado se articule, converse, porque a Petrobras está saindo por várias razões, mas uma delas é o tratamento sempre hostil que ela recebeu de parte do poder público estadual aqui no Amazonas, (com) intermináveis litígios com Governo do Estado por conta de cobrança de tributos, sem que nunca tenha se conseguido manter um entendimento, seja por culpa da própria Petrobras, mas também muito por culpa nossa”, destacou o parlamentar.
“É importante registrar que a Petrobras é a maior contribuinte de impostos estaduais em favor do Amazonas e isso (a saída dela) é muito ruim”, observou.
A empresa petrolífera aparece no topo da lista dos 500 maiores contribuintes de ICMS do Amazonas disponível no site da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Procurada, a pasta informou neste sábado que o secretário Alex Del Giglio está estudando o impacto da decisão da empresa e que deve se manifestar oficialmente na próxima segunda-feira (29).