MANAUS – Em texto divulgado por sua assessoria de imprensa nesta manhã de segunda-feira (7), o vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, afirma que faltou sensibilidade do PSDB com sua posição política, nas tratativas da legenda com relação às eleições de outubro. Também nesta manhã, ele pediu a desfiliação do partido, em carta.
Rotta afirma no texto que o partido apresentou para ele o projeto de ser candidato a governador, e que nunca tratou de candidatura a vice.
O vice-prefeito confirma também o descontentamento em ficar de fora de qualquer discussão até a véspera da convenção do PSDB. E de só saber que não participaria do pleito pela imprensa.
“O que mais me entristece não é o conteúdo do que foi feito. Mas a forma de como aconteceu. Somado a isso, teve a minha saída da Seminf. Saí da pasta porque me pediram para ficar apto a disputar a eleição. E, um dia antes da convenção, não tinha conhecimento das tratativas do partido. Fiquei sabendo do desfecho e dos rumos do partido pela imprensa. Houve uma falta de sensibilidade a minha posição política”, reclama Rotta no texto.
Leia o texto abaixo:
Treze meses após entrar para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, assinou nesta terça-feira (7/8) a desfiliação da sigla partidária. Rotta alegou desincompatilidade de interesses para justificar a sua saída do ninho tucano, optando por seguir independente.
Rotta afirmou que tem tomado decisões com muita cautela, sem prejudicar quem quer que seja. No entanto, se disse decepcionado com a forma de como as coisas se desenrolaram dentro do partido.
“O que mais me entristece não é o conteúdo do que foi feito. Mas a forma de como aconteceu. Somado a isso, teve a minha saída da Seminf. Saí da pasta porque me pediram para ficar apto a disputar a eleição. E, um dia antes da convenção, não tinha conhecimento das tratativas do partido. Fiquei sabendo do desfecho e dos rumos do partido pela imprensa. Houve uma falta de sensibilidade a minha posição política”, lamentou Rotta.
Segundo o vice-prefeito, ele nunca chegou a discutir com o partido a possibilidade de ser candidato a deputado estadual, federal, senador ou vice-governador. “O que discutiram e aventaram comigo foi a real possibilidade de eu ser candidato ao governo do Estado. Esse foi o único ponto que eu discuti com o meu partido. Essa questão de que eu queria ser vice de A ou B jamais passou de especulação. Eu nunca tive qualquer tipo de conversa nesse sentido”, destacou Rotta, ao acrescentar que aguardava do partido o que lhe foi prometido, ser candidato do PSDB ao governo do Estado.
“Se não foi essa decisão do meu partido, eu tenho que, como homem público sensato e maduro, respeitar. Eu posso discordar dela, mas respeito. Tanto respeito que, neste momento, estou saindo do PSDB em respeito à decisão tomada. As pessoas precisam entender que, assim como eu aceito a decisão delas, elas têm de respeitar a minha decisão”, ressaltou Rotta.
Na avaliação de Rotta, não há mais clima e nem ambiente para eu continuar no PSDB. “Infelizmente, o partido não foi transparente comigo, como eu sempre fui dentro do PSDB e dentro da administração municipal. Eu torço pela cidade de Manaus e trabalho diuturnamente por Manaus”, completou.
O vice-prefeito relembrou, ainda, os nove meses de trabalho exercido à frente da Seminf. “Dediquei-me a essa nobre missão que, apesar dos resultados positivos, teve reflexos na minha vida pessoal. Me distanciei da minha família e adquiri problemas sérios de saúde, entre os quais um pré-câncer no nariz, por conta da exposição errônea ao sol. Não foi brincadeira o que eu fiz à frente da Seminf. E me arrancaram da secretaria me prometendo um novo horizonte, o que não aconteceu. Repito, respeito a decisão tomada, assim como espero que respeitem a minha decisão e o meu posicionamento”, concluiu Rotta.
Rotta disse, ainda, que as últimas 48 horas foram decisivas para ele. Foi neste momento que ele mais contou com o apoio de sua família, principalmente da esposa e dos dois filhos, além de receber inúmeras mensagens positivas de amigos, políticos e de pessoas que ele não via há algum tempo. “Agradeço a todos pelo carinho e apoio. Vamos em frente”.
+Comentadas 1