MANAUS – O relatório final da CPI da Pandemia instalada pelo Senado da República indicia o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e o ex-secretário de Saúde Marcellus Campêlo. Um dos fatos determinados para a abertura da comissão foi a crise do oxigênio vivida no Estado durante a segunda onda da pandemia, em janeiro deste ano.
Wilson e outras autoridades do Amazonas tinham ficado fora do relatório prévio apresentado semana passada por Renan Calheiros (MDB-AL), mas por pressão do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o chefe do Executivo do Amazonas foi incluído na lista.
Uma reunião na casa do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na noite desta segunda-feira (25), selou a inclusão de Wilson entre os indiciados.
O relatório está sendo lido nesta terça-feira (26) e deve ser votado ainda hoje pelos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Segundo Renan, Wilson foi indiciado pelos crimes previstos no Código Penal nos artigos 267 (Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos, com pena de reclusão de 10 a 15 anos) e 319 (prevaricação).
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), inclusive, disse na abertura que retirará seu voto destaque pelo indiciamento de Wilson porque Renan já o fará. Provável adversário de Wilson na disputa pelo Governo do Amazonas em 2022, Braga disse que a questão de indiciar o governador não é eleitoral.
No caso de Wilson Lima, que tem foro especial de governador no STJ, o indiciamento deverá ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá como proceder – Wilson já é réu no STJ pelo casos dos respiradores.
Saiba mais
O governador Amazonas chegou a ser convocado para prestar depoimento em junho, mas conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não comparecer ou ficar em silêncio, caso decidisse ir.
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