MANAUS – Com um déficit na folha de pagamento de R$ 1,4 bilhão até o final de 2019, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou nesta terça-feira (25), que vai encaminhar em julho uma reforma administrativa para à ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado). O governo não confirmou ainda a extinção de secretarias, mas adiantou que realiza estudo para incluir na proposta corte de comissionados e revisão de salários.
“A reforma vai trazer um modelo de gestão que vai nos dar números, parâmetros, para que a gente possa planejar estrategicamente o Governo, evitando gastos desnecessários e entregando melhores resultados”, destacou o governador em matéria enviada à imprensa.
Na semana passada, o TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado) encaminhou ao governador um alerta sobre as despesas de pessoal do Poder Executivo. No dia 13, técnicos da Sefaz afirmaram que o rombo na folha do estado era de R$ 1,4 bilhão, sem contemplar o pagamento da data-base da saúde e da educação, o que ocorrerá a partir deste mês. Considerando os reajustes, o déficit saltará para R$ 1,6 bilhão.
Representantes do Movimento Brasil Competitivo (MBC), que assessoram o Governo na elaboração da reforma administrativa, iniciam em julho um censo de atividades, que consiste no levantamento e revisão de funções dos cargos em comissão, o que vai, segundo especialistas da consultoria, contribuir para uma reforma administrativa qualificada, a partir do entendimento do que cada colaborador faz e o estabelecimento de uma estrutura mais adequada ao novo modelo de gestão.