MANAUS – Médicos de quinze cooperativas entram nesta terça-feira, 5, no quinto dia da redução, temporária, do atendimento não urgente à população em unidades hospitalares do estado, que iniciou na sexta-feira, 1º.
As cooperativas cobram o pagamento de repasses, em atraso, de 2021, 2022 e dos meses de agosto, setembro e outubro e a inclusão de pagamento no orçamento de 2024.
Na segunda-feira, 4, os diretores de cooperativas realizaram uma reunião e decidiram pela manutenção da redução de atendimento.
“Finalizamos agora a reunião, os diretores de empresas médicas, que prestam serviços para o estado do Amazonas e, infelizmente, não tivemos, até o momento, nenhum contato com a secretaria (SES-AM), não nos procurou para solucionar tudo que está acontecendo e nós votamos e vamos manter a mobilização. É importante falar para a população que o serviço de urgência e emergência não será afetado. Haverá uma redução nos ambulatórios e procedimentos eletivos. Não temos objetivo de manter essa mobilização e não se trata apenas de salário atrasado, de dinheiro, estamos falando de uma saúde precária, no momento, onde temos equipamentos quebrados, como o de hemodinâmica do Hospital Francisca Mendes, falta de insumos e outras empresas também sem receber”, disse a médica neurocirurgiã, Cecília Granjeiro, porta voz das cooperativas, em publicação na rede social X (antigo Twitter).
Além do atraso nos pagamentos, os médicos cobram medidas da SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde) diante, segundo eles, da superlotação nas unidades de urgência e emergência; desabastecimento crítico de medicamentos e insumos; oferta de alimentação para pacientes e acompanhantes dentro de prontos socorros; precarização nas relações de trabalho e atraso de salários dos demais profissionais de saúde, como, maqueiros, enfermeiros e serviços gerais.
Outro lado
Procurada pela reportagem para comentar a redução, temporária, do atendimento não urgente em hospitais do estado, a SES-AM ainda não se manifestou sobre o assunto. Caso aja retorno, a matéria será atualizada.
Abaixo, o comunicado divulgado pelas cooperativas: