MANAUS – Sem representantes na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) mas com filiados tendo integrado pastas como a Seduc e a Sejusc, o partido Rede Sustentabilidade anunciou nesta quinta-feira (23) que está deixando a base de apoio ao governo de Wilson Lima (PSC).
O partido afirma que, “entrando de cabeça nas disputas de espaço pelo poder local”, o governo de Wilson e Carlos Almeida (PTB) “esqueceu o que prometeu enfrentar na campanha e busca conquistar a simpatia dos grupos oligárquicos do estado que apoiava os governos anteriores”.
Em nota, a Executiva Estadual afirma o governador e o vice se afastaram da proposta de trabalho por uma Amazonas sustentável e livre da corrupção. Para o partido, o governo se “afunda no fisiologismo para tentar manter uma governabilidade, tornando-se aquilo que foi eleito para combater”.
“Buscamos lembrar o Governador estes compromissos, no entanto, assim que se viu ameaçado justamente pelos representantes dos que criaram e mantiveram estes esquemas, o Governador fez a escolha errada: entrou no jogo e decidiu governar em uma aliança com o que há de pior no setor empresarial local e aqueles que este setor elegeu”, ressalta a nota.
A aliança
O partido afirma que sabia que Wilson não tinha base social e que sua vitória foi em parte motivada pelo desejo de renovação da política local, com a retirada da cena dos caciques tradicionais.
Com Luiz Castro como candidato a senador, a Rede integrou a coligação que elegeu Wilson Lima e Carlos Almeida (à época no PRTB) em 2018, impondo derrota ao então governador Amazonino Mendes (filiado ao PDT naquela ocasião e hoje no Podemos).
Castro por pouco não foi eleito e assumiu a Seduc logo no início do governo, mas saiu em meio a denúncias de supostas irregularidades em contratos sem licitação.
No texto que acompanha a nota no Facebook, a Rede afirma que não há relação entre o rompimento e a saída de Luiz Castro da Seduc. O partido faz uma defesa do filiado. Veja abaixo: