Da Redação |
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), declarou na quarta-feira (14), que conceder 15,1% de reajuste aos trabalhadores de educação, percentual que chegou a ser oferecido pelo próprio governo em mesa de negociação, ultrapassaria o limite de responsabilidade fiscal, deixando-o passível até de um processo de cassação.
“Queria poder conceder 25%, mas o limite do Estado não permite. Essa situação já está resolvida. Inclusive encaminhei a lei (de reajuste de 8%) para a Assembleia Legislativa (votar). É muito justo (o pleito dos educadores), acho que o professor no Brasil, como um todo, ainda é pouco reconhecido. Não consigo ir além do que é o limite do Estado. Se desse um limite além do que me permite o orçamento do Estado, estaria ensejando num crime, inclusive sujeito à cassação. Não vou assumir nenhum compromisso que não possa cumprir”, disse Wilson em entrevista ao site Amazonas Atual.
Ao iniciar a greve, os educadores pediam um reajuste de 25%.
Em uma reunião na sede do Governo do Amazonas no dia 31 de maio, na presença de deputados da base, membros do governo ofertaram o pagamento de 15,1% de reajuste aos professores, de forma parcelada. Na ocasião, líderes da greve dos educadores informaram que iriam colocar o percentual para votação em assembleia.
No entanto, um dia depois da proposta, que não chegou a ser divulgada oficialmente pelo governo, Wilson convocou uma coletiva, onde anunciou que a proposta final do Estado era de 8%. A decisão foi interpretada pelos professores como um recuo na negociação e desrespeito ao que vinha sendo tratado nas reuniões. Mesmo assim, os educadores decidiram encerrar a greve, após 12 dias de paralisação.
No início de junho, o governo enviou à Assembleia Legislativa o projeto de lei de reajuste de 8% para os educadores.
O projeto de lei também determina a concessão de Regime Complementar para secretários escolares e coordenadores distritais e regionais.
A matéria deve ser votada na próxima semana.
O deputado de oposição Wilker Barreto apresentou uma emenda defendendo que a ALE-AM aprove o reajuste de 15,1%, de forma parcelada.