MANAUS – vice-presidente da Pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por difamação. O senador pede R$ 35.000 de indenização.
Na ação, Randolfe diz que Bolsonaro quer ferir sua reputação ao dizer que o congressista estaria envolvido nas supostas irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana Covaxin.
Na segunda-feira (19), Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo de abril em que Randolfe defende a aprovação do uso emergencial do imunizante. “Olha quem queria comprar a Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa”, escreveu.
Bolsonaro disse também que Randolfe e outros integrantes da CPI “tudo fizeram” via emendas para que governadores e prefeitos pudessem comprar vacinas “a qualquer preço, com o presidente da República pagando a conta”. “Com planos frustrados restou ao G-7 da CPI acusar ao Governo do que eles tentaram fazer”, disse.
Ao Supremo, Randolfe pede que o vídeo seja removido das redes em até 12 horas a partir da concessão da medida liminar, sob pena de multa de R$ 10.000 por hora de descumprimento, e a proibição de novas publicações com o mesmo teor, também sob pena de multa de R$ 10.000 por cada publicação.
O senador pede ainda que Bolsonaro seja obrigado a se retratar por meio da publicação de texto em que se dirá que “são falsas as alegações de que o senador Randolfe Rodrigues queria comprar a vacina Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa e que negociou a quantidade de vacinas”.