MANAUS – Professores ocupam nesta manhã de terça-feira, 16, a galeria da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Os educadores tentam apoio dos deputados na negociação com o Governo do Amazonas por reajuste salarial.
Segundo os professores, apesar de existir decisão judicial declarando a greve ilegal, a paralisação segue. Para as lideranças do movimento, o direito à greve é constitucional e o desembargador Elci Simões errou ao decidir favorável ao governo.
“É inadmissível que o Judiciário tenha uma atitude tão parcial. Apesar de ter uma decisão, haverá uma desobediência civil. Tentamos um diálogo franco, aberto com os deputados, na tentativa de sensibilizá-los, para que eles se coloquem parceiros do magistério, porque entendemos que esse Poder Legislativo pode ser um canal de diálogo com o governo, tendo em vista que o Governo do Estado não quer mais dialogar diretamente com a categoria”, disse Lambert Melo, coordenador financeiro do Asprom-Sindical.
Os professores pedem do governo um reajuste de 15%. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece 3,93%. Segundo o deputado da base Dr. Gomes (PRP), os limites impostos pela Lei de Responsabiidade Fiscal (LRF) não permitem um reajuste maior.
“O governo já concedeu no início do ano 9% aos professores. Se o governo paga mais 15%, serão 24%. Qual estado aguentaria um reajuste desse no início do ano? Peço aos professores que pensem melhor essa questão”, disse Gomes.