MANAUS – Após quase 4h de reunião, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), manteve a contraproposta de reajuste salarial de 4,74% aos professores da rede estadual, mas determinou a criação de uma comissão para avaliar três pontos também reivindicados pela categoria nesta greve: auxílio localidade, auxílio alimentação e plano de saúde. A informação foi divulgada pelo deputado estadual Álvaro Campelo (PP), que participou da reunião realizada na tarde desta terça-feira, na sede do governo.
A Comissão, de acordo com a assessoria do parlamentar, será criada nesta quarta-feira (8) e deverá ser composta por membros do Sinteam, da Assprom, Sefaz e deputados estaduais.
“O que houve na verdade foi a definição dessa comissão que vai, a partir de amanhã, começar a tratar das pautas que foram escolhidas, que são a questão da Hapvida, do auxílio localidade e também do auxílio alimentação. Essas vão ser as três primeiras pautas que serão tratadas nessa comissão. E aí, progressivamente, se vai avançando sobre outras questões, porque, realmente, essa questão do aumento hoje está prejudicada em função da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o deputado.
Os professores estão em greve desde o dia 15 deste mês. A categoria pede um reajuste de 15%, sendo 3,93% de reposição da inflação e 9,6% referente a perda do poder de compra relativo ao período de 2015 a 2018, quando os trabalhadores ficaram sem reajuste salarial. Eles querem ainda 1,47% de ganho real. A data-base da categoria venceu no dia 1º de março.
O governo sustenta que, ao ultrapassar o limite de gastos com pessoal, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o impede de conceder ganho real à categoria.