MANAUS – No primeiro dia de greve geral, os professores da rede estadual de Educação do Amazonas realizam uma grande manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
Em discursos e cartazes, os educadores cobram apoio dos deputados estaduais na negociação com o Governo do Estado.
Os trabalhadores pedem 25% de reajuste salarial, pagamento das progressões por titularidade e tempo de serviço, plano de saúde para aposentados, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, entre outras coisas.
As lideranças sindicais reclamam que o governo não responde a categoria a pauta apresentada ao secretário de governo, Sérgio Litaiff, no dia 8 de março.
Na quarta-feira, a presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), Ana Cristina Rodrigues, afirmou que quem vai decidir se haverá ou não greve dos professores será a categoria. A declaração ocorreu após decisão do desembargador Domingos Chalub, do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas), que determinou a suspensão do indicativo de greve do Sindicato.
“Eu não sei quanto ganho o governador e nem o desembargador, mas eu sei quanto ganha o trabalhador em educação. Eu sei também que nós estamos com nossos salários defasados desde 2022 e que estamos na iminência de deflagrar e instalar uma greve amanhã, dia 17 de maio, não sei até onde iremos, mas quem vai me dizer isso é você, trabalhador da educação, é você que tem o poder de dizer se seremos fortes ou não. É você na capital, é você no interior do estado, é você que irá dizer se vamos ceder a essa pressão ou se vamos nos agigantar”, disse Rodrigues em vídeo divulgado nas redes sociais e grupos de whatsapp.
A decisão de Chalub atende uma Ação Civil Pública apresentada pelo Governo do Estado.
A decisão de Chalub é desta segunda-feira, 15, e libera o governo estadual a descontar na folha de pagamento daqueles professores que aderirem ao movimento grevista e “deixarem de exercer suas funções estatutárias”. O magistrado fixa ainda multa no valor de R$ 30 mil, ao Sindicato, por dia de paralisação.
Até às 10h40 desta quarta, a assessoria do Sinteam informou que uma comissão do movimento grevista está em reunião, a portas fechadas, com o presidente da ALE-AM, deputado Roberto Cidade (União Brasil) e outros deputados.