MANAUS – Professores da rede estadual de ensino aprovaram na manhã desta sexta-feira, 2, a proposta de reajuste salarial de 15,19% que, segundo o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), foi apresentado por membros do governo em reunião na quarta-feira, 31 de maio.
A assembleia geral da categoria ocorre um dia após o governador Wilson Lima (UB) anunciar reajuste de 8% aos trabalhadores da educação.
“Vamos apresentar essa pauta aprovada na reunião de segunda-feira com a desembargadora, porque eles (governo) vão ter que mandar representante”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina, durante a Assembleia Geral.
A desembargadora na qual a presidente do Sindicato se refere é Joana Meirelles. A magistrada fará uma audiência na segunda para decidir sobre a legalidade da greve. Na ocasião, irão ouvir representantes do Sinteam e do Estado.
Em nota divulgada à imprensa, o Sinteam diz ainda que irão cobrar dos seis deputados (Cabo Maciel, Joana Darc, Déborah Menezes, Felipe Souza, Rozenha e João Luiz) presentes na reunião de quarta-feira, 31, na sede do governo, para reafirmar a proposta do governo de reajuste de 15,19%, e não 8%.
Na reunião desta sexta, a categoria aprovou o retorno dos professores às salas de aula na segunda-feira, 5. Em coletiva na quinta-feira, 1º, Wilson afirmou que os professores que voltarem para a sala de aula a partir de segunda, o estado irá elaborar uma folha de pagamento complementar para pagar os descontos que foram feitos nas folhas dos profissionais, até aqui, em greve.
Na ocasião, Wilson defendeu que o Sinteam está ligado a questões político-partidárias e que tenta usar a categoria como “massa de manobra”.
“Eu não vou permitir esse tipo de coisa, que se faça uso político de um movimento de gente que se diz representante dos professores e que tenta usar os profissionais da educação como massa de manobra. Eu lamento isso profundamente. Nós tivemos algumas reuniões com o Sindicato, nós fomos até o limite do estado para alcançar o que estava sendo pleiteado, mas houve uma negativa do sindicato. E aí o que a gente percebeu foi um movimento político que tomou conta desse grupo que representam os professores”, disse o governador na ocasião.
Estado de greve
A categoria aprovou ainda o estado de greve, onde os profissionais retornam para a sala de aula, mas se mantém em alerta, caso se faça necessário uma nova paralisação.