MANAUS – Após crescimento de 8,9% em março, o índice da produção industrial do Amazonas apresenta nova alta em abril (1,9%), com relação ao mês anterior – o maior avanço entre as 15 unidades da federação pesquisadas. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (Regional) e foram divulgados nesta quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado positivo da produção industrial nos meses de março e abril refletiu no índice acumulado no ano (janeiro a abril), que alcança 17,2% de crescimento, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na variação acumulada nos últimos 12 meses, a produção industrial do Estado apresenta alta de 4,4%.
Em abril de 2020, a produção industrial sofreu paralizações no Amazonas devido às restrições para conter o avanço da Covid-19, no Estado. Por isso, na comparação entre abril de 2021 e o mesmo mês do ano anterior, houve avanço fora do comum, de 132,8%.
O resultado nacional mostra que a produção industrial recuou em 9 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de março para abril. Os dados da pesquisa também mostram que cinco locais estão acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020: Minas Gerais (10,2% acima); Santa Catarina (7,2%), Paraná (6,4%), Amazonas (4,4%) e São Paulo (3,4%).
Produção industrial – variações
A indústria amazonense registrou em abril crescimento de 1,9%, na comparação com março, enquanto a média nacional foi de -1,3%, no mesmo período. No acumulado do ano, período de janeiro a abril de 2021, a variação foi de 17,2%. Em nível Brasil, o desempenho da indústria no mesmo período está em 10,5%. Já o desempenho dos últimos doze meses, em abril de 2021, ficou em 4,4%, contra 1,1% do desempenho nacional.
Ranking da variação mês/mês anterior
O avanço da indústria amazonense, de 1,9%, em abril de 2021, em relação ao mês anterior, foi o maior entre as unidades da federação pesquisadas. Os piores desempenhos foram os da Bahia, com -12,4%, Goiás, com -3,6% e São Paulo, com -3,3%; e os melhores foram os do Amazonas, com 1,9%, Rio de Janeiro, com 1,5% e Espírito Santo, com 0,9%.
Ranking da variação mensal – comparação com o mesmo mês do ano anterior
Devido às paralisações na produção industrial em abril de 2020, em razão das medidas de restrição para conter a Covid-19 no Estado, o desempenho da indústria amazonense, em abril de 2021, apresentou 132,8% de avanço em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado foi o maior entre as unidades da federação pesquisadas. Os piores desempenhos na variação mensal foram os da Bahia, com -10,0%, Goiás, com -8,7% e Mato Grosso, com -2,0%; e os melhores, os do Amazonas, com 132,8%, Ceará, com 90,2%, e Paraná, com 55,1%.
Ranking da variação acumulada do ano
O crescimento da indústria amazonense de 17,2%, na variação acumulada no ano, período de janeiro a abril, foi o quinto maior entre as unidades da federação pesquisadas. Os piores desempenhos foram os da Bahia, com -16,3%, Goiás, com -6,4% e Mato Grosso, com -6,3%; e os melhores desempenhos foram os de Santa Catarina, com 24,4%, Rio Grande do Sul, com 20,5%, e Paraná, com 18,1%.
Desempenho por atividades
As atividades da indústria amazonense que tiveram variação positiva em abril de 2021, com relação a abril de 2020, e colaboraram para o bom desempenho na comparação mensal foram: a Fabricação de Outros equipamentos de transporte – motocicletas e suas peças (13641,1%), a Fabricação de máquinas e equipamentos (322,3%), a Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (272,3%), a Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (150,7%), a Indústria da transformação (150,1%), a Fabricação de bebidas (131,8%), a Fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (73,3%), a Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (71,7%), e a Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (9,1%).
No Amazonas, somente duas atividades tiveram resultado negativo em abril de 2021, na comparação com abril do ano anterior: a Impressão e reprodução de DVDs e discos (-48,6%) e a Indústria extrativa – óleo bruto de petróleo (-3,5%).