MANAUS – Questionada sobre o motivo para pedir ao TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas) a prisão do prefeito de Coari, Adail Filho, a procuradora geral de Justiça, Leda Mara de Albuquerque, afirmou que o político, em liberdade, poderia embaraçar as investigações.
“Nesse caso, se um preso pode de alguma forma suprimir meios de provas, se ele pode de alguma forma interferir na investigação, o ideal é que se prive essa pessoa da liberdade. Foi o que aconteceu em relação ao prefeito de Coari. É importante agora a privação da liberdade para que nós possamos desenvolver de uma forma mais tranquila e com mais segurança jurídica as investigações”, disse Leda Mara.
Adail foi preso no início da tarde desta quinta-feira (26), durante a operação Patrinus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa que teria desviado R$ 100 milhões em recursos públicos por meio de contratações fraudulentas.
Outro lado
Em nota distribuída à imprensa na manhã desta quinta-feira (26), a assessoria de imprensa da Prefeitura de Coari informa que o prefeito da cidade, Adail Filho, coopera e continuará cooperando com a investigação do Ministério Público Estadual (MP-AM), que apura desvio de recursos públicos no município.
No texto, a assessoria critica o pedido de prisão temporária contra o prefeito, que já foi autorizada pela Justiça. Segundo a nota, a prisão é desnecessária, uma vez que Adail sempre se colocou à disposição do MP-AM.
Prisão
Adail Filho vai cumprir prisão temporária no Batalhão de Choque da Polícia Militar do AM, localizado no km 14 da Rodovia AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara. Adail realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e em seguida foi encaminhado para o batalhão.
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