MANAUS – O presidente da Amazon (Associação dos Magistrados do Amazonas), juiz Cássio Borges, disse que vai denunciar o presidente do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas), desembargador Yedo Simões, ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por abuso de autoridade.
Uma reunião entre a presidência do TJ-AM e magistrados aposentados na manhã desta sexta-feira (14) terminou em bate-boca entre o desembargador Yedo e o juiz Cássio Borges.
O presidente do Tribunal, desembargador Yedo, convocou os aposentados para falar sobre a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que autoriza que servidores inativos do TJ-AM migrem para o Amazonprev. O presidente da Associação é contra a medida, e disse que não foi convidado para a reunião desta sexta.
Apesar de não ter sido convidado, Cássio diz ter ido para a reunião. O presidente da Amazon afirma que foi citado várias vezes durante uma intervenção do presidente do Tribunal e que teve a fala cerceada pelo desembargador.
“Ele me chamou de mentiroso, pediu que eu me retirasse e se não saísse iria chamar a polícia, mas policiais que trabalham do Tribunal já foram entrando. Nem no tempo da ditadura militar vi algo assim”, comentou Cássio, que afirmou ter se retratado junto ao presidente.
“Eu me retratei, pedi desculpas, mas ele não”.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do TJAM, até a publicação dessa matéria, não se pronunciou
Eleições
A discussão entre o presidente do TJ-AM e da Amazon ocorre há poucos dias da eleição da presidência da Associação dos Magistrados, agendada para o dia 5 de julho. Yedo, segundo bastidores, não apoia o candidato apoiado por Cássio Borges.
Recurso
O presidente da Amazonas, juiz Cássio Borges, disse ainda que vai apresentar um pedido de reconsideração ao CNJ quanto à decisão que autoriza que servidores inativos do TJ-AM migrem para o Amazonprev. “Vou buscar também outras medidas judiciais, mas por uma questão de estratégia prefiro não adiantar ainda”, disse Borges.