MANAUS – A Prefeitura de Manaus voltou a discutir o ordenamento e regularização dos mais de 600 flutuantes em operação na bacia do Tarumã-Açu, zona Oeste, para inclusão no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).
A informação foi divulgada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), que em parceria com a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur); Batalhão Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar; Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa); Capitania dos Portos; Associação de Flutuantes Turísticos do Tarumã (Afluta); Associação dos Trabalhadores de Transporte Fluvial e representantes de diversos órgãos ligados ao setor turístico, realizou reunião nesta terça-feira, 22, para discutir o tema.
No decorrer da formação coletiva, que aconteceu no flutuante Ana Mel, localizado no lago do Tarumã, foi identificado que, em média, dez novos flutuantes surgem todos os meses, fator que acarreta num crescimento desordenado, impactando diretamente o meio ambiente.
“Nosso objetivo aqui não é discutir problemas, mas apontar soluções. Em consenso, acordamos com o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, vinculado ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado do Amazonas, o SIGRH/AM, a suspensão de novos licenciamentos ambientais para concessão do espelho d’água até que se tenha um Plano Normativo para Flutuantes Turísticos e a formulação e conclusão do Plano da Bacia Hidrográfica do Tarumã”, pontuou a diretora de Turismo da Manauscult, Oreni Braga.
O objetivo das oficinas é garantir o maior controle da atividade, promover o ordenamento, a proteção ambiental e a geração de emprego e renda não apenas na capital, mas, também, no interior do estado.
Dados recentes da Afluta apontam que o meio de hospedagem movimenta R$ 4.320.000 por ano, em diárias, com notável importância para o desenvolvimento do setor.
Segundo Oreni, a regularização é imprescindível para que este segmento se consolide como alternativa de lazer turístico e econômico. “Estamos empenhados neste projeto desde o ano passado, atendendo a determinação do prefeito David Almeida que é inserir Manaus no contexto nacional e internacional do turismo, sobretudo, oferecer alternativas para o aumento da permanência média do turista na cidade, o que contribuirá significativamente para a geração de emprego e renda, começando pela capacitação dos profissionais que trabalham na área”, declarou.
Ao longo da capacitação, facilitada pelo sargento da Capitania dos Portos, Julimar da Silva Brito, foi explicada a importância das pessoas que trabalham com os flutuantes buscarem a regularização. “Todos os empreendimentos que estão legalizados estão contribuindo para a segurança da navegação e para o ordenamento do espaço aquaviário”, destacou.
Para a diretora de Desenvolvimento e Turismo da Amazonastur, Isadora Alfaia, a realização dessas oficinas demonstra que o estado e o município não têm a intenção de punir ou agir de forma coercitiva, mas, trazer conhecimento. “Com a regulamentação e capacitação, esses empresários terão condições de atender os turistas de forma ordenada e segura”, enfatizou.
Metas
Serão ofertados, pela Diretoria de Turismo da Manauscult, novos cursos de capacitação que envolvem educação ambiental, manipulação de alimentos, empreendedorismo, idiomas e outros, visando à conclusão do processo de ordenamento e regulamentação dos flutuantes turísticos e de lazer.
Cadastur
Conforme o Ministério do Turismo, a participação no Cadastur é obrigatória para agências de turismo, meios de hospedagem, organizadoras de eventos, parques temáticos, transportadoras turísticas e também para os guias de turismo.
A maioria dos programas e ações do Ministério do Turismo voltados para os municípios e empreendedores, como o financiamento de projetos, exige o número do Cadastur. Além de garantir diversas vantagens e oportunidade de negócios, o programa também é uma importante fonte de consulta para o turista, com mais de 90 mil prestadores de serviços.