MANAUS – A Prefeitura de Manaus planeja fazer uma ação de distribuição de Ivermectina à população como tratamento profilático (preventivo) da Covid-19 na Arena Amazônia ou no Sambódromo. A informação foi revelada pelo assessor médico da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) Djalma Coelho nesta terça-feira (12), durante audiência pública virtual promovida pela Comissão de Saúde e Previdência (CSP) da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
A ação, segundo Djalma, é articulada com o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). “Falei com o Jorge Akel, que hoje está como presidente do CRM, para os órgãos de classe, inclusive CRM, Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Infectologia, marcar uma plenária no CRM, com a presença da secretária (da Semsa), porque a gente queria, pra ontem, fazer, no Município, o que teve sucesso em outros municípios, que é a distribuição da Ivermectina como profilaxia”, disse o assessor.
“A gente está pretendendo fazer uma ação na Arena da Amazônia, inclusive já ‘startou’, estamos correndo atrás. O problema é que o fornecedor diz: ‘Só tenho 20 mil comprimidos’. Isso não serve para esse tipo de ação. E aí, se eu tenho só esses 20 mil, eu tenho que dispor dele para aquelas pessoas sintomáticas e que estão dentro da janela de replicação viral”, detalhou Djalma, que citou estudos, sem se aprofundar na explicação, para justificar a eficiência do medicamento e sua distribuição.
No fim da audiência, o deputado Dermilson Chagas (Podemos) fez um apelo para que a distribuição não ocorra na arena para evitar aglomerações e que os medicamentos fiquem disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A Ivermectina é um remédio usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas.
Em nota publicada em julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que o antiparasitário tem apenas indicação para uso conforme o que consta na bula, como no tratamento de escabiose e piolho.
“Cabe ressaltar que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor”, afirma a nota.
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