Da Redação |
A Polícia Federal (PF) realizou uma operação nesta quinta-feira (28), em Rio Preto da Eva (AM), como parte de uma investigação de combate a desvios de recursos públicos e fraude à licitação.
De acordo com a PF, foram realizadas duas prisões em flagrante e apreensão de armas de fogo, munições, documentos, aparelhos eletrônicos e artigos de luxo.
Segundo a PF, os crimes investigados estão relacionados à compra de medicamentos hospitalares e uma ambulância, no ano de 2020. A operação foi denominada de “Emergência 192”.
Em nota, a PF informa que a investigação iniciou após uma denúncia que questionava a eficácia terapêutica de medicamentos adquiridos pela prefeitura sem licitação.
Mais adiante, foi levantada suspeita sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que a sua atividade principal era relacionada ao comércio varejista de materiais de construção, e não ao setor hospitalar.
Com a investigação avançando, a PF verificou indício de conluio entre as empresas que participaram da licitação. Isso porque as propostas feitas pelas empresas durante a concorrência continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos.
“O que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios”, pontua a nota divulgada pela PF.
“Verificou-se que os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoas e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios”, completa a nota.
De acordo com a PF, os sócios das empresas investigadas foram, também, em algum momento, assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva e possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação.
“A análise dos dados financeiros revelou saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela prefeitura”, informou a PF.