MANAUS – Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (16) que decidiu suspender as aulas da rede municipal de ensino, que tem cerca de 240 mil alunos e 15 mil servidores, já a partir desta terça-feira (17). A medida tem caráter preventivo.
As aulas estarão suspensas a partir desta terça-feira, 17, até o final deste mês.
Em coletiva de imprensa, o prefeito disse que o recesso do meio do ano será antecipado e que, ao fim da pausa nas aulas, no fim do mês, a necessidade de prorrogação do recesso será avaliada.
Arthur pediu que as escolas particulares também considerem antecipar as férias do meio de ano.
O prefeito também disse que devem ser suspensos todos os eventos de caráter esportivo, cultural ou religioso, para evitar grandes concentrações de pessoas.
Também estão suspensos serviços municipais de atendimento ao público, como emissão de Carteira de Trabalho, recadastramento de beneficiários da Manaus Previdência.
Escolas afetadas
De acordo com Arthur, 500 escolas da rede serão afetadas.
“Não podemos determinar às escolas particulares que façam o mesmo, mas podemos fazer, e eu faço isso agora, a recomendação de que olhem com atenção esse quadro grave que passa o mundo e que pode atingir o Brasil de maneira mais forte”, declarou o prefeito.
“Nós só temos aqui um caso confirmado, então não há razão para pânico nenhum”. A prefeitura vai liberar para trabalhar em casa, 3.312 mil servidores idosos ativos.
Economia
Arthur avalia que a pandemia do coronavírus deve agravar a crise econômica pela qual passa o país. “As linhas de montagem chinesas serão prejudicadas e, como a China é uma das principais fornecedoras de insumos industriais da Zona Franca de Manaus, a capital amazonense sentirá o abalo econômico”.
Reforma Administrativa
Em função disso, o prefeito adiantou que uma lista medidas financeiras da prefeitura deve ser anunciada na quinta-feira (19), o que incluirá uma reforma administrativa.
A preocupação será como manter o custeio da prefeitura num cenário de queda de arrecadação. Ele disse que isso será resolvido cortando o custeio “na medida que isso seja necessário cortar”.
“Se houver uma queda de arrecadação, como a gente prevê, no valor de R$ 460 milhões, nós vamos cortar em custeio R$ 460 milhões. Nós vamos manter a posição privilegiada que nós temos diante da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Arthur.
Obras
As medidas, segundo ele, não devem afetar as obras de grande porte em andamento.
“Nosso programa de obras não tem nada a ver com o dinheiro corrente da prefeitura”, disse. “Temos só para investimento em infraestrutura R$ 1,69 bilhão”, afirmou. “Esse dinheiro está a salvo dos humores da crise”, completou, afirmando que o valor é referente ao que o Município já tem em caixa para execução e a empréstimos já aprovados.