Da Redação |
A Potássio do Brasil recebeu do Governo do Amazonas, nesta segunda-feira (8), a licença para instalar uma mina de exploração de potássio no município de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).
Sem conseguir cumprir todas as exigências da legislação brasileira, como a consulta a populações indígenas locais que podem ser afetadas pelo negócio, a empresa tentava sem sucesso obter esta licença.
Em evento realizado na sede do Executivo, na zona Oeste de Manaus, o Governo do Amazonas tratou a entrega da licença como um momento histórico para a economia do Estado.
“A implantação de uma atividade como essa gera indicadores sociais, qualidade de vida para os indígenas, oportunidade de trabalho, de emprego, de renda, avanço no saneamento, no abastecimento de água, asfaltamento de ramais, educação, saúde, enfim, aquilo que é importante para que se possa ter um lugar melhor para se viver“, declarou o governador Wilson Lima (União Brasil).
O governador informou que, uma vez em operação, a mina gerará para os cofres do Estado e do município de Autazes, somente em impostos, R$ 25 bilhões.
Segundo a empresa Potássio do Brasil, todo o negócio prevê o investimento de US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões, aproximadamente). Desse total, R$ 1 bilhão já foi investido).
Com a licença recebida nesta segunda-feira, a empresa fica autorizada a construir sua planta fabril, o que deve levar 4 anos e meio. Após isso, o Estado do Amazonas precisa emitir uma nova licença para a Potássio do Brasil. Desta vez para autorizar a operação da mina.
A empresa informou que apenas na fase de construção da planta fabril a previsão é gerar 2,6 mil empregos diretos. Já na fase de operação, além dos 1,3 mil empregos diretos, devem ser gerados outros 16 mil indiretos.
Uma das promessas da empresa feitas ao governo e ao município é a de 80% da mão de obra utilizada no negócio será local.
O potássio é matéria-prima para a produção de fertilizantes. Atualmente, o Brasil importa 95% do potássio que utiliza. Com a produção realizada no Amazonas, que passará a ser a maior do país, será possível atender 20% da demanda nacional.
A Potássio do Brasil estima que a operação da mina em Autazes dever durar cerca de 23 anos, com uma produção média de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano.