MANAUS – Contrário à abertura da CPI da Covid-19, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) defendeu que o Legislativo não obedeça a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que o ministro Luís Roberto Barroso, que deu a liminar, se julga “semideus”.
A declaração foi publicada em um tuíte nesta quinta-feira (8), logo após o ministro acatar o pedido formulado por senadores da oposição ao governo Bolsonaro, que alegaram que o pedido de investigação preenche todos os requisitos legais e não há motivo para que a comissão não seja instaurada.
“É mais uma decisão de um ministro que se julga semideus”, disparou Plínio Valério. “Defendo não obedecer”, pregou o senador amazonense.
“O ministro Barroso não tem esse poder todo que pensa ter. Ele desconhece que antes da CPI sobre COVID, tem na frente a da Lava Toga e a de minha autoria sobre ONGs na Amazônia. É norma seguir a fila”, completou.
A CPI pretende investigar possíveis omissões do governo federal na condução da gestão da crise da pandemia de Covid-19 no Brasil e que possam resultar em responsabilidade criminal.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que vai cumprir a determinação judicial pela abertura, mesmo sendo contrário à investigação neste momento.