Da Redação |
Um Projeto de Lei (n. 375/2022) que tenta evitar a instalaçào de novos medidores de energia em Manaus por “alto pontencial poluidor visual” avançou esta semana na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
A matéria é de autoria do presidente da CMM, vereador Caio André (PSC), e, na quarta-feira (8), recebeu parecer favorável da 2ª Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
A crítica de Caio André aos aparelhos vai além da poluição visual. Mas ele já declarou no plenário da CMM que foge da competência do legislativo municipal questionar a legalidade do sistema pela ótica da técnica.
“O projeto fala justamente sobre a poluição visual que estes medidores aéreos e esses novos postes trazem à cidade de Manaus. […] Nós estamos legislando sobre aquilo que nos diz respeito. Aquilo que é da competência da municipalidade desta Casa, que é justamente a questão do Plano Diretor. Nós estamos fazendo uma alteração no Plano Diretor que proíbe não só os medidores aéreos, mas também aquele emaranhado de fios, aquela poluição visual. E mais do que a poluição visual, traz também uma insegurança para nossa população, acidentes que acontecem em virtude desse emaranhado de fios”, disse Caio André.
No último dia 3, o presidente da CMM manifestou apoio aos moradores do bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, que realizaram uma mobilização contra a instalação de medidores aéreos de energia na capital.
A manifestação ocorreu na rua Bartolomeu Bueno da Silva, envolvendo moradores contra a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC), novo modelo implantado pela Amazonas Energia.
“A empresa precisa entender de uma vez por todas que esse serviço público concedido volta em forma de serviço para nós consumidores da população da cidade de Manaus, e nós estamos dizendo, reiteradamente, bairro por bairro, que não queremos esse tipo de ligação”, disse o vereador aos moradores da localidade.
O SMC enfrenta fortre oposição da população de Manaus. O principal motivo, que ganhou força entre os moradores, é que o sitema pode aumentar a conta de luz e que impede que o consumidor visualize o consumo em tempo real. A Amazonas Energia nega os dois pontos.
Segundo a empresa, o SMC é acompanhado de um aparelho, que fica instalado na residência, permitindo a conferência do consumo em tempo real. A concessionária também dispõe de um aplicativo que registra o volume de energia consumida.
A empresa nega também a informação de que o SMC vai aumentar a conta de luz. Segundo a Amazonas Energia, o sistema apenas fechará o cerco aos consumidores que desviam energia. Isso porque o aparelho consegue medir toda a energia que sai da rede para a casa.