MANAUS – A quatro meses do fim do seu segundo mandato, o prefeito Arthur Neto (PSDB) fez um balanço dos seus quase oito anos à frente do Executivo municipal, em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (26), citando o que considera ser as maiores realizações da sua gestão.
De início, ele reconhece que não cumpriu uma de suas principais promessas da sua campanha em 2012, a implantação do Bus Rapid Transit (BRT). “Reconheço que não fiz, mas vão chegar 300 ônibus novos. Esse pessoal dos ônibus me deu mais trabalho que outra coisa”, reclamou.
Responsável por contratar R$ 2 bilhões em empréstimos ao longo dos dois mandatos, Arthur destacou o fato de ter pago uma dívida de R$ 347 milhões da gestão Amazonino Mendes (2009/2012). “Poderia ter deixado para lá, mas eu paguei. Manaus quebrada e eu paguei, e não deixei de pagar funcionário em nenhum minuto do governo, não deixei de pagar o 13º, não deixei de pagar data-base, não deixei de cumprir com o meu dever para com as pessoas que trabalham comigo e não deixei de fazer obras”, emendou.
Na sequência, o prefeito falou sobre as obras de manutenção da cidade realizadas em 2014 por causa da Copa do Mundo e lembrou que, entre 2015 e 2016, a crise econômica se agravou, quando foi necessário realizar um enxugamento das estruturas da prefeitura e um ajuste fiscal nas contas do município. Novamente ele falou sobre empréstimos.
“Eu dizia para as pessoas ‘nós não temos escapatória a não ser o ajuste fiscal'”, disse Arthur, sobre a crise. “O ajuste fiscal é o que traz crédito e o crédito que traz o dinheiro. O crédito, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, é ele que traz dinheiro. Eu cumpri o que a lei dizia. Tem data-base? Vamos discutir a data-base. Sempre muito bem tratado pelos sindicatos”, prosseguiu.
À boa relação com servidores, sobretudo da Educação, o prefeito credita a melhoria de Manaus no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Fomos a cidade que mais cresceu no Ideb nos últimos oito anos. A cidade saiu do 23º lugar e foi para 9º lugar”, observou.
Ainda sobre as finanças municipais, Arthur disse que em sua gestão a Previdência Municipal foi saneada.
Para o prefeito, foi feita “uma revolução” nos últimos anos na prefeitura, quando Manaus “ganhou um ar metropolitano”. Ele citou a atualização do Plano Diretor como o grande norteador das políticas urbanas para as próximas gestões. Falou sobre as obras viárias de maior porte, tocadas no segundo mandato. E citou o recém inaugurado Centro de Cooperação da Cidade como o grande impulsionador da “Cidade Inteligente”, outra das mais famosas promessas de campanha de Arthur.
O prefeito disse que vai trabalhar mais intensamente nesses quatro meses que lhe restam e que vai cobrar dos secretários a mesma postura. Disse que ainda tem orçamento para aplicar e que até o dia 31 de dezembro deve fazer várias inaugurações.
Ao longo de 10 minutos, Arthur já fala em tom de despedida e se dirige “à cidade de Manaus”, como interlocutor. Confira na íntegra:
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