MANAUS – A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (2), 6 mandados de prisão temporária na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, na quarta fase da operação Sangria. A 4ª fase apura fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha Nilton Lins envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Amazonas.
Além dos mandados de prisão, a ação cumpre 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
Nota divulgada pela PF diz que, segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.
“Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados”, diz outro trecho da nota.
Conforme a Polícia Federal, os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.
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