Da Redação |
O senador Omar Aziz (PSD) apontou, nesta segunda-feira (28), uma razão para antecipar em um ano seu movimento de pré-candidatura ao Governo do Amazonas: começar logo a esgrimar com os “esqueletos” que os adversários tendem a apontar para o “armário” dele em 2026.
“Tem muita coisa que tem que ser colocada e dar transparência, né. Às vezes, eu sou acusado de coisas que eu não, nunca fui condenado, pelo contrário, não tenho nenhum processo contra mim e sou responsabilizado por isso. Eu quero debater isso antes. Eu não quero esperar a campanha para que as pessoas possam chegar e te apontar o dedo e você não ter o direito de dizer: ‘É mentira o que você tá falando’”, disse o senador em entrevista ao radialista Ronaldo Tiradentes, na rádio Tiradentes.
O senador citou dois assuntos que ele tem consciência de que será alvo em 2026, assim como foi em eleições anteriores: o projeto da Cidade Universitária e a operação “Maus Caminhos”.

Sobre a Cidade Universitária, o ex-governador afirmou que o projeto não saiu do papel por decisão dos gestores que o sucederam.
“A cidade universitária, para você ter uma ideia, todo o dinheiro estava dentro para fazer [a obra]. Não fizeram porque não quiseram. Isso é uma maldade que fizeram com os homens e mulheres do interior. Esses jovens, era para vir para cá, ia ter 2 mil apartamentos, Ronaldo. Projeto pronto com dinheiro em caixa para fazer”, declarou Omar. Ele deixou o governo em abril de 2014 e foi sucedido pelo seu então vice-governador, José Melo.
Omar afirmou que se retornar ao governo o projeto será concluído. “Em 4 anos, eu vou fazer o maior campus universitário do Brasil, com alunos hospedados, sendo alimentados para estudar e dar um futuro melhor para essa geração de pessoas que não tem perspectiva, mas que no nosso governo vai ter perspectiva”, afirmou.
Com relação à operação que apurou desvio de recursos da saúde e levou membros da família do senador para prisão, Omar lembrou que nem ele e nenhum familiar foi denunciado formalmente e que a investigação foi anulada.
“Zero processo. Não tenho. [Não] sou réu em nada. Nunca fui denunciado em absolutamente nada, pelo contrário. A operação que foi feita contra mim e minha família, ela foi totalmente anulada, você está entendendo. Então, veja… E a maldade continua. Ela [operação] foi anulada. Não existe nenhuma denúncia contra mim, não existe nenhum processo”, afirmou Omar.
Após oficializar sua pré-candidatura em um ato em Manaus, onde reuniu políticos de todo o estado, Omar vai iniciar uma série de viagens ao interior para solidificar seu nome junto ao eleitorado. O ex-governador terá ao seu lado o senador Eduardo Braga (MDB), que vai lutar pela reeleição ao Senado em 2026.
Para Omar, como governadores, ele e Braga fizeram muitas entregas. “Porque pode gostar ou não de mim ou do Eduardo, mas nós fizemos”, afirmou.