MANAUS – “O Brasil não é obrigado a seguir as orientações da OMS”, diz Mayra Pinheiro em depoimento à CPI da Covid no Senado.
A resposta foi após o relator da comissão, senador Renan Calheiros, perguntar o motivo da insistência do Ministério da Saúde em validar o uso de medicamentos para tratamento de Covid-19 que não têm comprovação científica.
A secretária do Ministério da Saúde defende que os países são soberanos para acatar ou não as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive sobre o protocolo mais adequando para combater a pandemia.
A CPI da Pandemia ouve, nesta terça-feira (25) a secretária do Ministério da Saúde conhecida como “capitã cloroquina”, por ser defensora do uso desse medicamento no tratamento da covid-19.
Mayra Pinheiro está sendo investigada por improbidade administrativa por conta da falta de oxigênio registrada em Manaus (AM), no mês de janeiro.
A secretária, no entanto, não deve responder aos questionamentos relacionados a esse inquérito por estar protegida por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
Os senadores devem perguntar sobre o desenvolvimento do aplicativo TrateCov, que orientava o tratamento precoce, sobre a distribuição de cloroquina pelo Ministério da Saúde e também sobre a chamada “imunidade de rebanho”, já que há indícios de que a médica defendia essa tese.