MANAUS – Em Brasília nesta quinta-feira, 25, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) disse que os ministros da Justiça e da Defesa prometeram uma ação contra garimpeiros que invadiram o rio Madeira.
“O ministro me falou que juntamente com (o ministério da) Defesa estão planejando uma estratégia”, disse o governador.
Wilson esteve em Brasília para receber viaturas caracterizadas que, segundo o governo, vão fortalecer o trabalho de policiais que atuam no Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA). As entregas foram realizadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para 12 estados e para a Polícia Federal. A solenidade foi em Brasília, na sede do ministério.
Centenas de balsas de dragagem operadas por garimpeiros iniciaram uma invasão coletiva ao rio Madeira numa caçada por ouro. Fotos e vídeos mostram balsas amarradas juntas em filas que quase atravessam quase que a largura do rio Madeira.
Nesta quinta, Wilson disse que embora a competência de atuação na área seja federal, o Governo do Estado está à disposição para atuar em parceria com os demais órgãos
“Essa é uma situação que nos preocupa. Já tem um efetivo mobilizado por parte do Governo do Estado. Nossas forças de segurança já estão à disposição, assim como agentes do nosso Ipaam, que é o nosso Instituto de Proteção Ambiental”, disse o governador.
Operação
Uma grande operação para tentar conter o avanço das centenas balsas de garimpo ilegal que estão reunidas há dias no Rio Madeira está sendo articulada pela Polícia Federa, segundo reportagem do Estadão. Além da PF, participam dessa operação, como o Ibama e o Ministério da Defesa.
A PF no Amazonas e, depois, o Ministério da Justiça confirmaram a informação ao jornal. “A pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal acompanha o caso para adoção das medidas cabíveis com a maior brevidade possível”.
Garimpeiros ameaçam reagir
No comando das balsas clandestinas, garimpeiros por sua vez também prometeram reação caso sejam abordados por ações de repreensão. Segundo o Estadão, em outra mensagem de áudio obtida pela reportagem, um homem fala em montar um “paredão” de balsas, com pessoas ao redor dos equipamentos, para reagir a qualquer tipo de abordagem para fiscalização.
“Vocês que têm muita balsa aí, (tem que) fazer um paredão mesmo daqueles e esperar todo mundo aí na frente da balsa. Um atrás, um na frente e ver o que é que dá. Eles vão respeitar, entendeu?”, afirma.
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