MANAUS – A Polícia Militar informa que localizou, na manhã desta sexta-feira (6), seis tabletes de maconha (tipo skunk), na ocupação Monte Horebe, na Zona Norte de Manaus, que passa por um processo de reintegração desde o início da semana. Um efetivo de mais de 700 homens está envolvido na operação.
As drogas, informou a PM, foram encontradas enterradas no quintal de um casebre, após a corporação receber uma denúncia anônima.
Na quinta-feira (5), ao anunciar a construção de Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) na área invadida para atender os moradores do Residencial Viver Melhor, o governador Wilson Lima (PSC) afirmou que os moradores da área invadida viviam sob o domínio dos traficantes.
“É uma ação inédita (a desocupação) em que não houve uso da força, não houve um disparo sequer, nenhuma demonstração de força, resultado do planejamento que nós fizemos. O que nós fizemos ali foi libertar aquelas famílias do julgo do tráfico de drogas, que ali entrou e se instalou. Cobravam das famílias aluguel, pedágios, energia elétrica. Os moradores eram extorquidos por traficantes e também oportunistas. Hoje há um punhado de insatisfeitos porque acabamos com isso. E o espaço para o tráfico de drogas no Estado do Amazonas não existe. A gente vai continuar combatendo de forma muito veemente, não vamos permitir que esses criminosos ocupem esses espaços”, declarou o governador, durante abertura da terceira edição do Muda Manaus, no bairro Monte das Oliveiras, também na Zona Norte.
“Foi preciso muita coragem para fazer o que nós fizemos, porque o que aconteceu no Monte Horebe foi uma ocupação do tráfico de drogas. Nós entramos e vamos continuar fazendo um trabalho social. Lá, onde entrou o tráfico de drogas, nós vamos montar um complexo de segurança, com treinamento para policial, quartel, eu quero ver se o tráfico volta para lá”, destacou Lima.
Acompanhando o trabalho das forças policiais na desocupação, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, reafirmou que o governo pretende criar uma área de segurança pública em trecho da invasão desocupado “Não vai mais ficar ninguém aqui, bandido nenhum, porque eles não vão ter onde se esconder. Nós vamos começar a fazer um trabalho de recuperação do Viver Melhor também. Aqui vai ser um local modelo para se morar, com um complexo de segurança, um Ceti com 24 salas, além de outros aparelhos do Estado, que virão para cá também”, disse Bonates.
Foto: SSP-AM/divulgação