MANAUS – O governador Wilson Lima (PSC) minimizou a disputa que vem enfrentando contra o vice, Carlos Almeida Filho (sem partido), e limitou a questão às esferas burocrática e jurídica.
“Eu não tenho nenhuma batalha judicial contra o vice”, respondeu ele, rindo, ao ser questionado durante entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira (14), logo após uma solenidade de entrega de fuzis às forças de segurança, na Arena Amazônia, em Manaus.
Wilson referia-se ao mandado de segurança apresentado por Carlos Almeida Filho à Justiça pelo qual ele questiona as mudanças ocorridas dentro da estrutura do governo que acabaram por tirar nove cargos de assessoramento da Vice-Governadoria. Almeida Filho vê o esvaziamento como irregular e uma forma de perseguição contra ele.
Na disputa jurídica, Almeida Filho teve uma liminar do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) a seu favor, restituindo os cargos, derrubada por uma outra liminar da presidência do TJ-AM, mantendo as alterações. No sábado, o vice conseguiu uma terceira liminar, afastando os efeitos da segunda e restituindo os cargos de seu gabinete.
A querela evidenciou aquilo que até então só vinha sendo tratado nos bastidores, do rompimento político de Wilson e o vice, iniciado com a saída de Almeida Filho, até então um nome forte do governo, da Casa Civil.
“Essas questões são tratadas pela nossa Procuradoria Geral e também pela Casa Civil”, disse Wilson nesta manhã, sobre o processo que corre na Justiça.
O governador afirmou que as mudanças no governo fazem parte de uma reformulação na estrutura, motivada pela pandemia de Covid-19 e que culminou, inclusive, em alterações significativas na Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Parte do rearranjo do Executivo, reforçou Wilson, teve que ter o aval da Assembleia Legislativa (ALE-AM) para sair do papel.
“Então, tudo isso que a gente tem feito são ações visando adequar a nova estrutura do Estado. Não existe nenhuma batalha. Da minha parte, não existe. Apenas adequações do Governo do Estado do Amazonas”, concluiu.
Confira a declaração na íntegra:
[questionamento de jornalista, inaudível]
Eu não tenho nenhuma batalha judicial contra o vice.
Essas questões são tratadas pela nossa Procuradoria Geral e também pela Casa Civil.
A minha preocupação tem sido fazer entregas para o povo do Estado do Amazonas. Tô aqui fazendo entregas para a segurança pública. Estamos trabalhando para combater a Covid-19, montando estratégias para o retorno das aulas, mantendo o equilíbrio fiscal.
Então, da minha parte, não há nenhum tipo de batalha.
E essas questões jurídicas são jurídicas serão resolvidas pela nossa Procuradoria Geral e também pela nossa Casa Civil.
[questionamento de jornalista, inaudível]
Quando aconteceu a questão da Covid-19, quando nós retornamos às nossas atividades, pelo menos parcialmente, nós montamos uma unidade gestora de projetos. E essa unidade gestora de projetos fez a reformulação do Estado. Inclusive, lá na Secretaria de Saúde nós fizemos uma reformulação, aumentamos a quantidade de secretários executivos, de subgerências e a gente fez toda essa reformulação. Inclusive, algumas dessas reformulações nós encaminhamos para a Assembleia Legislativa para que pudesse ser aprovada.
Então, tudo isso que a gente tem feito são ações visando adequar a nova estrutura do Estado. Não existe nenhuma batalha. Da minha parte, não existe. Apenas adequações do Governo do Estado do Amazonas.